Hoje, vamos explorar as trajetórias de seis jogadores históricos do futebol brasileiro, ídolos em times brasileiros, mas que não tiveram uma passagem boa na Europa.
Sócrates: Do Corinthians à Fiorentina
Começamos nossa viagem com Sócrates, o meia craque da Seleção Brasileira de 1982. Ídolo no Corinthians, ele foi protagonista do movimento da Democracia Corintiana. Sócrates deixou o Brasil após prometer sair caso uma emenda pela democracia não fosse aprovada. A Fiorentina o recebeu por 2,7 milhões de dólares, mas sua estadia na Itália durou apenas um ano. Dificuldades de adaptação, comportamentais e esportivas, levaram a uma passagem marcada por altos e baixos.
Roberto Dinamite: Uma Passagem Relâmpago pelo Barcelona
Dinamite, ídolo do Vasco da Gama, teve uma passagem curta pelo futebol europeu. Ao ser contratado pelo Barcelona em 1979, ele começou marcando dois gols em sua estreia. No entanto, mudanças na comissão técnica resultaram na perda de espaço, e após apenas 11 jogos, Dinamite retornou ao Brasil. Sua experiência no Barcelona foi breve, mas sua história de sucesso continuou no Vasco.
Renato Gaúcho: Entre Expectativas e Desafios na Roma
Renato Gaúcho, conhecido por suas declarações audaciosas, chegou à Roma em 1988 com grande expectativa. Comparado a craques do futebol italiano, o atacante brasileiro não correspondeu totalmente às expectativas. Problemas comportamentais e um desempenho aquém do esperado levaram a uma passagem decepcionante. Apesar disso, Renato Gaúcho deixou sua marca em times brasileiros após seu retorno.
Casagrande: Do Porto ao Ascoli, uma Jornada Inusitada
Casagrande, após se destacar no Corinthians e na Copa de 1986, partiu para o Porto em 1987. Uma passagem vitoriosa, com direito a um título da Liga dos Campeões, mas a vontade de jogar na Itália o levou ao Ascoli, um clube lutando para não ser rebaixado. O desafio inusitado rendeu quatro temporadas e 38 gols, consolidando Casagrande como ídolo do pequeno clube italiano.
Jairzinho: Era do Samba no Olympique de Marseille
O ícone Jairzinho, após conquistar o tricampeonato mundial com o Brasil em 1970, buscou novos desafios no futebol francês. No Olympique de Marseille, formou uma dupla memorável com Paulo César Caju. A “Era do Samba” encantou os torcedores franceses, mas uma suspensão polêmica interrompeu essa parceria, levando Jairzinho de volta ao Brasil.
Júnior: O Maestro no Torino e Pescara
O lendário Júnior, após uma carreira gloriosa no Flamengo, embarcou para o Torino em 1984. Tornando-se o senhor do meio-campo, Júnior foi eleito o jogador da temporada 1984-1985. Sua visão de jogo excepcional encantou os italianos, mesmo em um país que limitava estrangeiros. Uma breve passagem pelo Pescara, apesar do rebaixamento, consolidou sua reputação na Itália.
Essas histórias revelam os desafios e sucessos dos craques brasileiros que desbravaram o futebol europeu, deixando uma marca indelével em suas trajetórias.