A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) foi condenada a pagar uma indenização de R$ 60 mil à ex-diretora Luísa Xavier Rosa. Ela processou a confederação alegando ter sido vítima de assédio moral, sexual e discriminação de gênero enquanto exercia o cargo de diretora. A decisão foi proferida pelo Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região (RJ), após o juiz Leonardo Almeida Cavalcanti reconhecer o abalo psicológico sofrido por Luísa durante seu tempo na organização.
Luísa Xavier começou sua carreira na CBF em 2020, ocupando o cargo de gerente de infraestrutura. No entanto, em 2022, após ser promovida a diretora — a primeira mulher a ocupar tal posição na entidade — ela afirma que passou a sofrer assédio. Ela relatou que teve suas funções progressivamente esvaziadas e enfrentou diversas situações de constrangimento, o que resultou em um quadro de depressão. Além disso, foram feitos comentários misóginos e houve tentativas de desqualificar seu trabalho, práticas que, segundo ela, eram de conhecimento geral dentro da confederação.
A sentença também prevê o pagamento de diferenças salariais devidas a Luísa. Apesar de ter solicitado uma indenização de R$ 1,8 milhão, o valor fixado foi de R$ 60 mil, decisão que a ex-diretora pretende recorrer para aumentar a compensação. A CBF, por sua vez, anunciou que também recorrerá da decisão.