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Em RAP

Minas do Rap RJ cria mapeamento para mulheres do hip-hop

por CRIAA · 20 de junho de 2025

📍 Mapeamento conecta minas do rap à cena cultural do RJ

Uma nova iniciativa está movimentando a cultura hip-hop no estado do Rio de Janeiro: o Mapeamento Minas do Rap RJ, projeto lançado pela plataforma Leopoldina Hip-Hop (LH2) com o objetivo de dar visibilidade e gerar conexões de trabalho para mulheres da cena urbana.

Criado pela produtora Ana Paula Gualberto, o projeto está com inscrições abertas para mulheres negras, periféricas, LGBTQIANP+ e com deficiência que atuam como MCs, DJs, grafiteiras, dançarinas, fotógrafas, produtoras ou comunicadoras. A proposta é construir um banco de dados completo com histórico, faixa etária, orientação sexual, área de atuação e condições de trabalho dessas artistas.


🔗 Conexão direta com quem contrata

“Queremos entender e fortalecer a atuação dessas mulheres na cena, criando conexões reais com quem contrata”, afirma Ana Paula, fundadora da Leopoldina Hip-Hop, em divulgação oficial.

Todas as participantes devem preencher um formulário online e enviar histórico de atuação cultural. Os dados serão organizados em um e-book gratuito que ficará disponível nas redes da LH2, funcionando como ferramenta de acesso direto para produtores, contratantes e programadores culturais.


🧠 Formação gratuita e EP autoral

O mapeamento é um desdobramento do projeto Intercâmbio Minas do Rap, criado em 2023 e voltado para a formação de trabalhadoras independentes da cultura urbana da Zona Norte do Rio.

A segunda edição do programa já está em andamento com oficinas sobre acessibilidade, redes sociais, direito autoral e captação de recursos, realizadas na Escola Quilombista Dandara dos Palmares, no Complexo do Alemão.

Ao fim da formação, as participantes lançarão um EP com 5 faixas autorais e farão parte do festival LH2 das Minas, marcado para o dia 25 de outubro, com feira multicultural e apresentações abertas ao público.


✊ Desde 2017, impacto direto nas periferias

A LH2 já impactou mais de 3 mil pessoas desde sua criação em 2017. Com foco em protagonismo feminino, cultura periférica e inclusão produtiva, a plataforma se tornou um ponto de referência para jovens artistas da Zona Norte e outras regiões marginalizadas do Rio.

Agora, com o Mapeamento Minas do Rap RJ, o projeto dá mais um passo em direção à equidade no hip-hop, criando ferramentas concretas para que mulheres da cultura urbana sejam reconhecidas, contratadas e respeitadas por seu trabalho.


Por que isso interessa?

Porque visibilidade também é infraestrutura cultural. O hip-hop é um dos movimentos mais potentes de transformação social do Brasil, mas ainda impõe barreiras para mulheres periféricas que querem viver de arte.

O Mapeamento Minas do Rap RJ mostra como é possível combinar dados, território e afeto para promover inclusão real na cultura urbana — conectando talento periférico com oportunidades concretas.

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