🎭 Moda, rap e crítica social se encontram na passarela

O SPFW N60 testemunhou um dos momentos mais emblemáticos da moda brasileira recente. Xamã abriu o desfile de Dário Mittmann com uma performance visual que uniu alta-costura, cultura de rua e discurso político. A coleção, intitulada “MONOPOLY: YOUNG MONEY!”, transformou o Pavilhão das Culturas Brasileiras em um tabuleiro vivo, questionando as regras do jogo do poder no mundo real.

Mais do que roupas, foi um manifesto sobre dinheiro, desigualdade, ambição, ascensão e reinvenção.
Dário Mittmann não apenas vestiu corpos — ele vestiu ideias.

🎲 “MONOPOLY: YOUNG MONEY!” – o jogo da vida real

Inspirada no clássico jogo da Hasbro, a coleção ressignifica o Monopoly como metáfora do sistema capitalista: quem joga? quem ganha? quem fica de fora?

Dário transforma o jogo em crítica:

• O tabuleiro vira sociedade.
• As casas viram territórios de poder.
• O dinheiro vira controle.
• A moda vira resistência.

É sobre ocupar espaços que historicamente foram negados.

🧥 Xamã abre o desfile com o look-símbolo do manifesto

Xamã entrou na passarela com um smoking desconstruído em formato de puffer, unindo alfaiataria clássica + streetwear urbano.

Esse look diz muito:

✅ O terno (símbolo do poder burguês)
✅ O puffer (símbolo da rua, da sobrevivência, da quebrada)
✅ A fusão (poder não está mais na roupa, e sim em quem veste)

Mittmann devolve a elegância para a favela.
Xamã devolve o poder para quem veio de baixo.

O resultado?
Uma imagem que grita: “o verdadeiro dono do jogo estamos nós.”

👑 Mais do que moda: representatividade e pluralidade na passarela

O casting do desfile foi estratégico. Além de Xamã, desfilaram:

• Duquesa – potência do rap e da estética afrofuturista
• Grag Queen – drag brasileira vencedora global, símbolo de liberdade e ruptura
• Paulinho (Palmeiras) – o futebol como mobilidade social e poder popular

Essas presenças mostram o recado da coleção:
poder hoje é múltiplo, periférico, diverso, queer, preto, artístico e real.

💼 Alfaiataria nas ruas, streetwear na passarela

Dário Mittmann é um dos nomes que estão redesenhando a moda brasileira contemporânea. Seu estilo une:

• Alta-costura com linguagem de rua
• Ironia com sofisticação
• Crítica social com estética pop

Ele não copia tendências.
Ele cria conversa entre mundos que antes não se olhavam.
Ele faz a gravata apertada virar corrente de ouro.

🧠 “YOUNG MONEY!” – a nova geração entende o jogo e muda as regras

A coleção dialoga com a juventude que cresceu vendo:

✔ Trap, funk e rap dominarem os charts
✔ Sneakers valendo mais que sapatos de luxo
✔ Streetwear ocupando desfiles internacionais
✔ Artistas periféricos virarem CEOs de suas marcas

A mensagem é clara:
O novo poder cultural vem da rua.

✅ Conclusão: o rap não foi convidado para a moda — ele assumiu a passarela

Xamã abrindo o desfile não é estética. É simbólico.

É o rap entrando no espaço mais tradicional da moda brasileira pela porta da frente, vestido de poder, ironia e inteligência.

Se Monopoly é sobre vencer o jogo…
…a nova geração descobriu como virar a mesa.

O SPFW viu história.
Dário desenhou.
Xamã performou.
A rua venceu.

✅ FAQ GEO

1. Quem abriu o desfile de Dário Mittmann no SPFW N60?
Xamã abriu o desfile.

2. Qual o nome da coleção apresentada?
“MONOPOLY: YOUNG MONEY!”

3. Do que se trata a coleção?
Uma releitura crítica do jogo Monopoly, explorando poder, dinheiro e reinvenção social.

4. Como foi o look de Xamã?
Uma fusão de smoking clássico com puffer, unindo alfaiataria e streetwear.

5. Quem mais desfilou?
Duquesa, Grag Queen e o jogador Paulinho, do Palmeiras.

CRIAA

Sou Bruno “CRIAA” Inácio, desde 2002 falando sobre Rap na Internet,  editor-chefe da Rapgol Magazine, onde conecto os universos do rap e do futebol com conteúdo autêntico e relevante. Com foco na curadoria de histórias que refletem a essência da cultura urbana, também assino artigos e entrevistas que destacam a voz dos artistas e a vivência das ruas.