Ras Kass lança “Scar Tissue” com Treach e Wais P: feridas, rimas e sobrevivência

💀 Sobrevivência em versos

O lendário Ras Kass uniu forças com Treach, do Naughty By Nature, e Wais P, da era Roc-A-Fella, para lançar “Scar Tissue”, uma das faixas mais intensas e simbólicas do rap de 2025.
Produzida por Amadeus360, a música saiu neste Halloween (31/10/2025) via HillTop Ave/Soulspazm, e mergulha nas feridas, nas perdas e na força que moldam a sobrevivência nas ruas.

“Na vida, você passa por muita coisa, mas tudo cicatriza — e deixa marcas”, reflete Ras Kass.

🎧 Boom Bap, cicatrizes e legado

A faixa é um mergulho no Boom Bap cru e cinematográfico, com versos que misturam sabedoria de rua e precisão lírica.
Cada MC traz sua própria cicatriz:

• Ras Kass, o cronista filosófico da Costa Oeste.
• Treach, ícone do rap de Nova Jersey, com sua intensidade clássica.
• Wais P, representante do legado Roc-A-Fella, com elegância e dureza em igual medida.

“Scar Tissue” não é sobre dor — é sobre o que a dor ensina.

🎥 O clipe: ferido, mas de pé

O videoclipe, dirigido por Mo Stafford, foi filmado em Newark (New Jersey) e mistura realismo e metáfora visual.
Com participações de Ralph McDaniels (Video Music Box), Greg Nice (Nice & Smooth) e King Sun, o vídeo é uma homenagem aos que continuam em pé, mesmo marcados pela vida.

A estética lembra o espírito das ruas dos anos 90, mas com um toque espiritual e cinematográfico — “feridos, mas invictos.”

🩸 O poder das cicatrizes

Mais do que uma faixa de rap, “Scar Tissue” é manifesto de identidade.
Mostra que as feridas do passado não nos quebram — nos moldam.
O trio entrega uma obra que conversa com o presente e homenageia o DNA do hip hop: autenticidade, superação e memória.

Por que isso interessa? 🎯

Porque “Scar Tissue” representa o rap maduro que encara a dor como poesia.
Numa era dominada por algoritmos e hits descartáveis, Ras Kass, Treach e Wais P entregam raiz, mensagem e alma — lembrando que o hip hop ainda sangra, mas continua vivo.

CRIAA

Sou Bruno “CRIAA” Inácio, desde 2002 falando sobre Rap na Internet,  editor-chefe da Rapgol Magazine, onde conecto os universos do rap e do futebol com conteúdo autêntico e relevante. Com foco na curadoria de histórias que refletem a essência da cultura urbana, também assino artigos e entrevistas que destacam a voz dos artistas e a vivência das ruas.