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Em RAP

Royce da 5’9” revela que problema neurológico o impediu de gravar para o novo álbum de Big L

por CRIAA · 6 de novembro de 2025

🧠 Uma luta silenciosa nos bastidores

Royce da 5’9”, um dos nomes mais respeitados do rap mundial e produtor executivo do álbum póstumo de Big L, “Harlem’s Finest: Return of the King”, revelou que não pôde gravar um verso para o projeto devido a uma batalha de saúde pouco conhecida: distonia lingual, um distúrbio neurológico raro que afeta os nervos responsáveis pela fala e pelos movimentos da língua.

A condição provoca movimentos involuntários na língua e no rosto, podendo limitar até a capacidade de falar — muito mais ainda de rimar no estúdio.

“Existe uma interrupção nos nervos que controlam minha língua. Eu tinha movimentos involuntários no rosto e na língua”, revelou Royce.


💥 O impacto na voz de um dos maiores letristas do rap

A distonia lingual pode causar:
• contrações involuntárias da mandíbula
• dificuldade de fala
• alterações motoras faciais
• desequilíbrio da dopamina no cérebro

Royce explicou que descobriu também uma condição genética ligada ao COMT gene, que afeta o processamento de dopamina — substância essencial para o controle motor e cognitivo.

Mesmo em meio ao tratamento, ele se manteve ativo na curadoria do álbum de Big L ao lado de Mike “Heron” Herard, da Shady Records. Os dois mergulharam em acapellas raras e freestyles, reconstruindo flows, batidas e cadências para manter a essência do MC do Harlem intacta.


🎧 A mão de Royce está no álbum — mesmo sem verso

Apesar de não ter conseguido gravar um verso novo, a influência de Royce é profunda no projeto.
Ele revelou que está “quase recuperado” e já voltou ao estúdio, o que indica novos lançamentos em breve.

Para os fãs, a ausência da voz é sentida, mas a assinatura criativa permanece:

  • Escolha e tratamento das acapellas originais
  • Curadoria de flows e cadências
  • Supervisão artística e narrativa do disco

O legado de Big L sempre exigiu mãos certas — e Royce assumiu essa missão com respeito e precisão.


🏆 Por que isso importa?

Porque o rap nem sempre mostra o que acontece por trás do microfone.
Royce traz para o centro da conversa a importância da saúde mental e física de artistas — especialmente quando a voz é o instrumento de trabalho.
E porque Big L, um dos maiores letristas de todos os tempos, ganha um álbum póstumo feito com cuidado, técnica e reverência.

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