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Dono da Outsider é indiciado por estelionato e empresa segue vendendo pacotes para final da Libertadores

por CRIAA · 11 de novembro de 2025

⚠️ Dono da Outsider é indiciado por estelionato enquanto empresa vende pacotes para a final da Libertadores

A Outsider Sports, conhecida por vender pacotes de viagens para eventos esportivos, volta ao centro das atenções — e novamente por motivos negativos. O empresário Fernando Sampaio de Souza e Silva, dono da empresa, foi indiciado por estelionato em ao menos dois inquéritos em 2025, e é investigado em diversos outros procedimentos policiais no Rio de Janeiro e em São Paulo.

Mesmo endividada e alvo de mais de 600 processos, a Outsider continua oferecendo pacotes de até R$ 39 mil para a final da Copa Libertadores da América, que será disputada em 29 de novembro em Lima (Peru), entre Flamengo e Palmeiras.


💥 Histórico de denúncias e prejuízos a torcedores

A empresa já esteve envolvida em graves denúncias anteriores. Em 2022, centenas de torcedores do Flamengo não conseguiram embarcar para Guayaquil (Equador) para assistir à final da mesma competição.
Muitos processaram a empresa, venceram na Justiça, mas ainda não foram ressarcidos.

“O que a gente fica mais triste é que a empresa continua operando e continua lesando as pessoas”, relata Vinicius Leon Cavalcante, um dos torcedores prejudicados.

Casos semelhantes ocorreram em 2025, quando torcedores do Palmeiras reclamaram de problemas com ingressos para o Mundial de Clubes nos EUA, segundo a rádio CBN.


🧾 Investigações e indiciamentos

Em agosto de 2025, a 77ª DP (Niterói) indiciou Fernando Sampaio por estelionato.
Um dos casos é de um cliente que viajou a Londres para assistir à final da Champions League de 2024, pagando por ingressos, hospedagem e transporte, mas nada foi entregue.
Após firmar uma confissão de dívida, a Outsider prometeu um novo pacote para Orlando — que também nunca se concretizou.

Outro inquérito, da 16ª DP (Barra da Tijuca), inclui denúncias semelhantes e levou o delegado Neilson Nogueira a pedir o bloqueio de bens da Outsider e de suas empresas associadas, totalizando R$ 28 mil em bloqueio inicial.

“Verificada essa reiteração criminosa, é possível se pensar até mesmo na decretação de prisão preventiva”, afirmou o delegado ao RJ2.


💬 A defesa de Fernando Sampaio

Em entrevista ao g1 e ao RJ2, o empresário negou ser um golpista, alegando estar tentando resolver os casos pendentes:

“Já pagamos mais de R$ 2 milhões em acordos. Isso mostra que temos boa intenção em resolver.”

Sampaio disse ainda não possuir bens e afirmou que, desde 2022, “só empobreceu”, negando ter enriquecido com fraudes.


🔥 Empresa segue ativa e vendendo pacotes

Mesmo com o histórico de ações judiciais e investigações criminais, a Outsider continua operando normalmente, com ofertas ativas para a final da Libertadores 2025.
Os pacotes chegam a R$ 39 mil no Pix, incluindo passagens, hospedagem e ingressos — uma prática que preocupa consumidores e autoridades.

O caso reacende o debate sobre a falta de fiscalização no setor de turismo esportivo, em especial nas vendas online sem garantias reais de entrega.


💭 Por que isso interessa?

Porque o caso Outsider expõe uma falha estrutural na proteção do torcedor-consumidor.
Em um país onde o futebol é paixão nacional, empresas que exploram o sonho de acompanhar o time do coração acabam ferindo a confiança e a integridade do esporte.
O episódio é um alerta sobre transparência, responsabilidade e regulação no turismo esportivo.

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