Edmundo Alves de Souza Neto mais conhecido como Edmundo, sem dúvida foi um dos melhores atacantes brasileiros. Com uma carreira repleta de gols e confusões dentro e fora de campo, o “Animal” como era conhecido, teve uma passagem curta pela Europa 1998–1999 e para muitos o maior motivo deste não sucesso foi o extra campo.
O jornalista Ricardo Gomes escreveu sobre o maior motivo que afastou Edmundo do mercado europeu, confira:
Craque de bola e um tanto quanto polêmico, Edmundo completava o seu primeiro ano de Fiorentina. A temporada 1998/1999 prometia, já que, além do brasileiro, jogadores do quilate de Batistuta e Rui Costa viviam o ápice físico e técnico.Com um futebol ofensivo, a Fiorentina liderou a classificação do Campeonato Italiano em 17 das 20 primeiras rodadas, vencendo rivais diretos como Milan (3 x 1), Inter de Milão (3 x 1) e Juventus (1 x 0). Tudo ia muito bem no reino de Florença, até que começou o Carnaval no Brasil.
Titular e vice-artilheiro da equipe, Edmundo pediu dispensa e recebeu autorização da diretoria do clube para curtir a festa na Sapucaí. O problema é que a Fiorentina tinha um jogo importantíssimo fora de casa contra a Udinese justamente no domingo de Carnaval. Sem o “Animal”, que seria uma das estrelas no desfile da Salgueiro, o time roxo perdeu o jogo e a ponta na tabela.Depois dessa partida, a Fiorentina emplacou outros três jogos sem vitória. O sonho do título havia caído por terra e o culpado pela curva descendente tinha nome.
Na volta para a Fiorentina, Edmundo já não contava com o apoio da torcida e de grande parte de seus colegas de equipe. Os dias do “Animal” em Florença entravam em regressiva.Ao final daquele campeonato, o Milan ficou com o caneco, seguido da Lazio e da Fiorentina, que como consolo conseguiu uma vaga na Liga dos Campeões da temporada seguinte.Edmundo foi negociado com o Vasco e deixou a impressão de que poderia ter ido mais longe com a camisa da “Viola”. Não fosse aquele Carnaval de 1999.
Sou Bruno “CRIAA” Inácio, desde 2002 falando sobre Rap na Internet, editor-chefe da Rapgol Magazine, onde conecto os universos do rap e do futebol com conteúdo autêntico e relevante. Com foco na curadoria de histórias que refletem a essência da cultura urbana, também assino artigos e entrevistas que destacam a voz dos artistas e a vivência das ruas.