A militarização da arbitragem brasileira; assédio moral, lei da mordaça e muito mais.

A militarização da arbitragem brasileira; assédio moral, lei da mordaça e muito mais.

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A militarização da arbitragem brasileira; assédio moral, lei da mordaça e muito mais. - Rapgol Magazine

Enquanto os jogadores exibem seus visuais tatuados, cabelos estilosos, barbas, tatuagens e etc… Existe um militarização velada na arbitragem brasileira.

Segundo ampla matéria vinculada no GE (leia o texto completo), sob pena de gancho, os árbitros de futebol no Brasil não podem ter barba e, por isso, precisam se apresentar de cara limpa aos jogos em que são escalados. Não podem ter cabelo grande – com exceção das mulheres, é claro. Também é de bom tom evitar tatuagens.

Todas essas são regras fazem parte da cultura da arbitragem, embora não estejam escritas em lugar algum – e há vários exemplos de quem foi punido por descumpri-las. Mas há também as normas restritivas descritas em regulamento. Como, por exemplo, a de que árbitros não podem ter nome sujo no Serasa ou SPC, instituições que avaliam crédito e dívidas; os limites de idade que sobrepõem a capacidade física e técnica; e a obrigação de manter “boa conduta e elevada postura moral” fora das quatro linhas.

Então recém-formado pelo curso de arbitragem da federação do Rio, Geovane Jorge Xavier Heringer foi suspenso do quadro carioca por tempo indeterminado em agosto de 2015. O comunicado oficial publicado no site da comissão da arbitragem, a Coaf-RJ, justificava a punição pela “péssima aparência” com que Geovane apitou a partida entre Cruzeiro e Brasileirinho, pelo Campeonato Amador da Capital. Ele atuou com a barba por fazer.

“ASSÉDIO MORAL DO CEARÁ”

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A militarização da arbitragem brasileira; assédio moral, lei da mordaça e muito mais. - Rapgol Magazine

Assistente CBF desde 2007, com vários jogos de Série A do Brasileirão no currículo, Carolina Romanholi teve problemas com o atual chefão da arbitragem cearense.

Paulo Sílvio

Aquelas que atenderam aos índices que a CBF exige… E não estamos falando aqui em questão de qualificação técnica, a sua qualificação técnica com relação a da Camila e com relação a da Carol é indiscutível, você tem uma qualificação técnica maior. Mas, dentro do processo futuro, a gente sabe que a maior dificuldade do feminino é o teste físico. Então a gente precisa priorizar as meninas que têm facilidade e condição de passar no teste masculino.

Carolina – Tá, mas você acabou de me dizer que eu não vou ter oportunidade de tentar o masculino. Porque, se eu tentar, eu passo.

Paulo Sílvio – Porque a gente só tem duas vagas.

Carolina – Tá, mas e se eu passar? A minha história não conta?

Paulo Sílvio – E se você não passar?

Carolina –  Vamos lá, a gente está trabalhando em cima do “se”. Se eu passar ou se eu não passar. Se eu for lá e passar, a vaga tem que ser minha. Só que você não está me dando a chance de tentar fazer uma coisa que é um direito meu, que a CBF me dá.

Paulo Sílvio – Não, não, não. Não é direito, não existe vaga da CBF. Desde que a gente assumiu a comissão, a gente vem falando pra todos: que a vaga da CBF é da federação.

Carolina – Pronto, então você tem que dizer o seguinte: Carol, eu não lhe quero mais no quadro e eu vou lhe tirar. E não dizer que vai botar outra e que eu não vou ter oportunidade de fazer o meu teste.

Em seguida, diante da acusação de injustiça e favorecimento à outra árbitra, o presidente da comissão de arbitragem citou o histórico de desentendimentos com Carolina.

Carolina –

Eu estou vendo que ela não está entrando por mérito, porque ela não passou. E, pra minha felicidade, eu tenho os vídeos que ela não passou no teste dela porque me enviaram. Se ela entrar, eu vou ser obrigada a mostrar que ela não passou no teste físico.

Paulo Sílvio – Certo, faça isso! Você tá só fazendo o que você sempre fez.

Carolina – Exatamente. Ninguém respeita minha história. Ninguém respeita minha história, eu fiz o que fiz, trabalhei em Série A e ninguém respeita minha história.

Carolina Romanholi, 34 anos, decidiu abrir mão da carreira e não trabalha mais com arbitragem de futebol. Ela é casada desde 2016 com o também árbitro Uilian Verly, que foi desligado do quadro cearense horas depois de sua esposa. Verly questionou Paulo Sílvio sobre o motivo do desligamento e ouviu como justificativa que a comissão estava atendendo a uma solicitação dele próprio.

Uilian Verly afirma que nunca pediu para deixar de ser árbitro.

foto perfil criaa

Criaa da Zona Oeste do RJ.
Comunicador, fotógrafo, colecionador de camisas de times e camisa 8 no time da pelada.
Trabalhando com notícias e informações desde 2002.

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