Adidas abandona couro de canguru em silêncio

Adidas abandona couro de canguru em silêncio

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Durante a reunião anual de acionistas da Adidas, o CEO Bjørn Gulden surpreendeu ao revelar que a empresa havia abandonado o uso de couro de canguru há meses — sem fazer qualquer alarde público. A mudança marca o fim de uma era e coloca a marca alemã ao lado de outras gigantes como Nike, PUMA, New Balance e Diadora, que já haviam deixado de usar o material.

A decisão é vista como resposta à crescente pressão de ativistas e consumidores conscientes. Desde 2020, campanhas como “Kangaroos Are Not Shoes” vinham ganhando visibilidade e influenciando a opinião pública. Uma das figuras mais atuantes foi Wayne Pacelle, presidente do Center for a Humane Economy, que intensificou os apelos à indústria esportiva.

Apesar do silêncio da Adidas sobre o tema, o anúncio foi comemorado por grupos como o Partido da Justiça Animal e a Aliança Internacional de Proteção aos Cangurus. Para eles, a desistência da quinta maior fabricante de calçados atléticos do mundo representa uma vitória histórica para os direitos dos animais.

O couro de canguru, conhecido por sua leveza e resistência, era amplamente utilizado em chuteiras de alto desempenho. No entanto, o custo ético dessa prática gerava polêmica: muitos animais eram abatidos, incluindo filhotes, para alimentar a indústria da moda esportiva.

Com Adidas fora do jogo, a atenção agora se volta para Asics e Mizuno, que continuam a utilizar o couro de canguru em seus modelos. A pressão aumenta para que essas marcas japonesas também revejam seus processos e adotem práticas mais sustentáveis e sem crueldade.