Afari lança o álbum ‘Vestida de Melodia: Sem Armadura’

Afari lança o álbum ‘Vestida de Melodia: Sem Armadura’
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A cantora capixaba, ex-Melaninas MCs, retorna à cena com projeto solo que mistura rap, R&B e vulnerabilidade como forma de resistência.

Acontece, né? Depois de marcar história no rap feminino com o grupo Melaninas MCs, a artista capixaba Afari retorna em grande estilo ao lançar seu aguardado álbum solo: “Vestida de Melodia: Sem Armadura”. O projeto reúne 10 faixas inéditas e mergulha em uma fase intensa e vulnerável da cantora, que escolheu despir-se das camadas impostas pela sociedade para explorar, de forma livre, o amor, os sentimentos e as potências da mulher negra.

A produção musical do disco ficou por conta do coletivo InsanArt, com NF Joint assinando os instrumentais, mixagem e masterização — diretamente da Espanha. A sonoridade aposta em uma mistura moderna de rap, R&B, Jersey Club, Trap e Boom Bap, sem perder a autenticidade e identidade de Afari.

Faixas como “A Big Mammy”, “Ariana” e “Genuína” já dão a pista do que esperar: uma artista em processo de cura, autoconhecimento e liberdade. Afari canta sobre afetos e vulnerabilidades com coragem, num movimento que ela mesma define como político. “Compor sobre afetividades é um gesto de resistência”, afirma.

O disco é também uma ferramenta potente de discussão sobre raça, gênero e representatividade no Hip Hop, marcando uma ruptura com estereótipos que colocam a mulher negra apenas como símbolo de força e resistência. Em vez disso, Afari revela suas camadas emocionais e propõe novas narrativas para as mulheres negras no rap.

Uma trajetória de resistência e afeto

Com mais de 12 anos de carreira, Afari se consolidou como uma das vozes mais importantes do Hip Hop do Espírito Santo. Sua trajetória é marcada por militância, empoderamento e a busca por equidade, sempre utilizando a música como veículo de transformação. Sua atuação vai além dos palcos, alcançando debates sociais e culturais relevantes para o Brasil.

Em Vestida de Melodia: Sem Armadura, Afari renasce com força poética, colocando a afetividade no centro da pauta. É um disco para ser sentido, refletido e celebrado — não apenas como produto musical, mas como manifesto artístico de uma mulher que decidiu viver sem armaduras.

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