Akhali: Talentosa e Dispara as Rimas Como Um Akatrovão; Conversamos Com a Jovem Mc Expoente do Drill.

Tendo a black music em sua vida desde criança, Akhali quando criança cantou em coral da escola e teve o seu primeiro contato o rap ouvindo Black Alien. Uma das mulheres expoentes dentro do Drill, Akatrovão como é conhecida, tem com referência várias mulheres fortes incluindo Tati Quebra Barraco, Carol de Niterói, Deise Tigrona e etc.. A jovem que esteve no Brasil Grime Show e fez sua estreia no ano passado com o som “Jogando em Casa”, conversou conosco, falando sobre o início de sua carreira, infância, sonhos, projetos futuros e muito mais.

RAPGOL MAGAZINE – Como você conheceu e iniciou no Rap

AKHALI – O rap chegou pra mim, sem que eu soubesse que ele era rap. A black music sempre foi de consumo na minha família, lembro que dançava charme e funk com meu pai quando criança e nessa época já ouvíamos hip-hop, mas meu primeiro interesse mesmo pelo rap foi ouvindo Black Alien, acho que ali que eu busquei mesmo saber qual era aquele estilo e tive contato com o Rap em si.
Eu sempre escrevi poesias de protesto, desde minha pré-adolescencia, com 15/16 anos conheci o Slam através das batalhas de rima e acreditava que aquele era o meio que eu conseguia me expressar, mas sempre fui muito tímida para expor o que eu criava, então nunca recitei. So comecei a buscar mesmo, em 2019, quando vi que era arte ou morte. Foi quando larguei a vergonha e o receio e comecei a buscar estar inserida na música, comecei gravando funk, mas logo pude estar pondo pra frente meu desejo de fazer rap.

RAPGOL MAGAZINE – O seu primeiro single “Jogando em Casa” mostra que você não chegou por acaso. Já tem alguma data prevista para o próximo lançamento?

AKHALI – Sim! Na verdade já tenho 3 singles lançados, sendo Jogando em casa meu clipe de apresentação, abrindo minha trajetória no Drill. Meus lançamentos para o ano de 2021 começam em junho. Por mim eu já teria lançaado, mas a equipe que tenho comigo tem um cronograma bem certinho pra mim e iremos seguir. Mas em junho tem clipe do single chamado Lays Peace na pista. A prévia desse som conta com 226K e eu acredito que é a música que mais me pedem pra lançar.

RAPGOL MAGAZINE – O que você costuma ouvir quando está no seu tempo de lazer?

AKHALI – Eu escuto muito pagode, muito funk e MPB. Mas sou bem eclética e estou sempre buscando expandir os gêneros musicais que consumo. Engraçado que atualmente eu quase não escuto rap, ouço mais beats… acho que me ajuda no meu processo criativo e não influencia minha lírica.

RAPGOL MAGAZINE – Quais são as suas influências na música e na vida?

AKHALI – Apesar de ouvir pouco rap, Drik Barbosa, Flora Matos, Juju Rude, Filipe Ret, Black Alien e Budah é o que eu mais consumo no cenário nacional do rap atualmente, mas minhas influências mesclam o funk e algumas gringas. Me inspiro na Tati Quebra Barraco, Carol de Niterói, Deise Tigrona, Mc Katia, Mc Marcelly, até chegar nas gringas como Miss Lafamilia, Shaybo, TeeZandos… Na vida, me inspiro todo dia em mulheres fortes que tenho o prazer de conhecer pessoalmente, minha maior referência de vida é minha mãe, Dona Nara. Me considero sortuda por ser rodeada dessas minas brabas e poder chamar a maioria delas de amigas. Minhas referências são elas.

RAPGOL MAGAZINE – Recentemente você divulgou uma foto nos estúdios do Brasil Grime Show, pode adiantar a novidade?

AKHALI – Havia participado do quadro Quarentena no ano passado e esse ano rolou o convite de estar em um episódio ao vivo. Foi um prazer participar, uma das melhores sensações foi ganhar o tal do “rewind” e podem esperar muitos deles no meu episódio rs. Era um desejo desde quando lancei meu primeiro som, sonhei muito com o dia que estaria lá gravando com eles e foi a realização de uma das minhas primeiras metas na carreia. Só agradecimentos a toda produção e a Yvie em especial.

Em uma conversa nossa de bastidores, você mencionou que consegue fluir bem em diferentes estilos musicais.

RAPGOL MAGAZINE – A que você atribui essa habilidade?

AKHALI – Acho que ao fato do meu primeiro contato com a arte ter sido através de um coral de escola. Eu estudava em outro colégio mas fui aceita nesse coral e lá aprendemos a cantar de tudo, já no ensino médio tive contato com o teatro musical, fiz peças sobre samba, vida e carreira de Dona Ivone Lara, coisas do tipo… fora ter metade da família baiana, outra parte mineira, um pedaço carioca da gema, nascidos e criados em Ramos, isso me faz entender a música como algo que não tem limitação. Me visualizo misturando vários gêneros na minha musica futuramente e tenho estudado para fazer isso do jeito certo.

RAPGOL MAGAZINE – Quais as suas expectativas para os próximos meses de 2021?

AKHALI – No âmbito artístico eu tenho bons projetos para tocar. Quero lançar meus singles, meus feats com audiovisuais bem interessantes e quem sabe um ep… E no geral, espero que o cenário dessa pandemia melhore para nós brasileiros, que nossos governantes parem de lutar contra a população. Fica difícil focar só em arte com toda essa situação, ainda mais sendo artista independente, mas seguimos produzindo e trabalhando, na esperança de que dias melhores virão.

RAPGOL MAGAZINE – Aqui somos também um site de Lifestyle e vimos que você é vaidosa. O que é estar bem arrumada para você?

AKHALI – Estar bem arrumada pra mim está ligado diretamente a originalidade e limpeza. Não busco um estilo genérico, gosto de usar marca, Nike, adidas Puma, bem como tento usar o que gosto e está ligado ao meio que vivo. Mas nem tudo é marca, acho que uma unha feitinha, uma Kenner ou Havaianas limpa, short e blusinha e eu to pronta, principalmente por andar sempre cheirosa e com o cabelo na régua e sobrancelhas hahahaha, no meu dia a dia to sempre assim, mas gosto de brincar com a ideia de mulherão as vezes também, aí invisto em peças mais sensuais e adultas, makes mais elaboradas, vestidos e saltos. O que não dispenso são acessórios como relógios e cordões. São as peças que não saem do corpo independentemente de qual estilo.Deixe uma mensagem … Tema livre…

https://www.youtube.com/watch?v=7J8ralvaaSo

RAPGOL MAGAZINE – Foi maravilhoso ter esta conversa com você e sinta-se a vontade para deixar uma mensagem.

AKHALI – Esse ano vai ser o ano que vão conhecer meu nome, minha arte e minhas ideias. Quero cativar as pessoas pelo o que sou como artista e estou dando meus passos na cena para isso. Mas não somente na música, mas por se posicionar em prol do certo, dos que vem de onde venho. Se eu for um bom modelo para uma menina ou um menino sequer, já valeu a caminhada!