Amabbi Lança “Old School” e Prepara Terreno para Álbum em 2026

“Às 6h Mato Dez Leões”: A Realidade da ZN no Beat

Esqueça as melodias suaves de “Deu Fuga”. Neste dia 4 de dezembro, Amabbi chutou a porta com os dois pés no peito do Rap Nacional ao lançar “Old School”. A faixa é um retorno visceral às raízes do Hip Hop: bateria seca, sample loopado e rima direta.

Produzida pelo monstro GVS (com o toque de mestre de Alexandre Modestto), a música não é apenas um exercício estético; é um documento de identidade. Amabbi coloca o Boi Malhado, na Zona Norte de São Paulo, no centro do mapa. Versos como “às 6h eu mato dez leões / às 7h eu tomo um coffee” resumem o “corre” do brasileiro médio que o Rap sempre representou melhor que ninguém.

Família e Flow: O Processo Criativo

A faixa nasceu da experimentação e da química de estúdio. Segundo Amabbi, era um sábado onde a vontade de fazer um “som diferente” encontrou a batida perfeita de GVS. O detalhe que humaniza a track e ganha pontos no storytelling é a participação indireta da família: “Meu sobrinho Bernardo também me mostrou que é um rapper e deixou a música ainda mais especial! Nós somos de lá”, conta a artista.

Rumo a 2026: Ancestralidade e Underground

“Old School” funciona como o cartão de visitas para o que vem por aí. O single inaugura a nova fase de Amabbi, que prepara um álbum completo para o início de 2026. A proposta do disco é ambiciosa: intensificar os elementos do underground e aprofundar as referências femininas que moldaram sua caminhada.

“O projeto de 2026 trará as minhas inspirações. Reapresentar minha história pela perspectiva das que vieram antes, de Dandara dos Palmares a Elza Soares”, revela Amabbi. Essa conexão entre a luta histórica (Dandara/Elza) e a batida crua do Boombap posiciona Amabbi como uma voz necessária, que olha para o passado para construir o futuro.

CRIAA

Sou Bruno “CRIAA” Inácio, desde 2002 falando sobre Rap na Internet,  editor-chefe da Rapgol Magazine, onde conecto os universos do rap e do futebol com conteúdo autêntico e relevante. Com foco na curadoria de histórias que refletem a essência da cultura urbana, também assino artigos e entrevistas que destacam a voz dos artistas e a vivência das ruas.