Ana Cristina, mãe do rapper BK, morre no Rio de Janeiro

Ana Cristina, mãe do rapper BK, morre no Rio de Janeiro
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✊🏾 Referência na luta antirracista e no amor incondicional

Faleceu nesta quinta-feira, 1º de agosto, Ana Cristina Costa Gomes, mãe do rapper BK (Abebe Bikila), figura essencial na história da luta por justiça racial, de gênero e educação no Brasil. Doutora, pesquisadora, ativista e uma das fundadoras do Movimento de Mulheres Negras do Rio de Janeiro, Ana Cristina partiu, deixando uma trajetória marcada por coragem, sabedoria e cuidado com sua comunidade.

Além do papel público como intelectual e militante, foi uma mãe presente e formadora — tanto no lar quanto nas trincheiras do movimento negro. Ana Cristina foi referência e força para os filhos Abebe Bikila (BK) e Calebe, ensinando com firmeza e afeto o valor de suas raízes, a importância do pertencimento e o orgulho da ancestralidade negra.

🫀 Um coração que doou até o fim

Em abril deste ano, Ana passou por um delicado transplante de coração. Seu processo mobilizou familiares, amigos e admiradores, chamando atenção para a importância da doação de órgãos no Brasil. Com bravura, ela atravessou o procedimento e, como em tudo na vida, fez desse momento mais uma ferramenta de consciência coletiva.

A notícia de sua morte comoveu profundamente a cena artística, política e acadêmica. Ana Cristina foi muito mais do que mãe de um dos maiores nomes do rap nacional. Ela foi pilar de uma geração que aprendeu com ela a transformar dor em ação, silêncio em discurso, opressão em luta e cuidado em revolução.

Por que isso interessa?

A morte de Ana Cristina Costa Gomes representa não só a perda de uma mãe e militante, mas a despedida de uma das mentoras silenciosas da transformação social no Brasil. Seu legado impacta diretamente a cultura urbana, a política racial e os rumos de uma juventude que carrega, como seu filho BK, a consciência de que “mãe preta também é revolução”. Falar dela é lembrar que cada mudança começa com o cuidado.

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