Barba Negra e AXL mergulham no RAP em nova parceria “O roubo do Loop fundamental”

Barba Negra e AXL mergulham no RAP em nova parceria “O roubo do Loop fundamental”
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Barba Negra e AXL, dois nomes de destaque no RAP nacional, consolidam uma parceria que explora o boombap em uma nova perspectiva. A colaboração nasceu durante a pandemia, quando Barba Negra assumiu o papel de produtor e AXL trouxe sua lírica afiada para criar narrativas que ecoam as ruas.

Desde o início, a ideia era unir tradição e inovação. O boombap, com suas raízes no RAP clássico, ganha uma releitura com a estética “drumless”, onde o peso da batida dá lugar ao protagonismo do flow e das ideias. Essa abordagem reflete a essência do projeto, que valoriza o RAP de rua e a cultura Hip Hop em sua forma mais pura.

A origem da parceria

Barba Negra e AXL iniciaram a colaboração em 2020, com o primeiro loop produzido resultando na faixa “Tábua de Esmeralda”. Segundo Barba Negra, a química entre os beats e o flow de AXL foi instantânea, criando um projeto que reflete a sinergia artística entre os dois.

“Começamos essa parceria lá na pandemia. O primeiro loop que fiz na máquina, o AXL já pegou e escreveu. Desde então, vimos que a conexão era forte”, comenta Barba Negra.

O equilíbrio entre tradição e modernidade

A fusão do boombap com elementos contemporâneos foi um desafio que ambos abraçaram. Barba Negra, fã declarado de RAP de rua e da cultura Hip Hop, encontrou inspiração em artistas como Roc Marciano e o coletivo Griselda, que renovaram o estilo com uma abordagem minimalista.

Como Barba Negra e AXL criaram juntos

A produção do álbum seguiu um processo colaborativo. Barba Negra trouxe beats que remetem à música brasileira, enquanto AXL mergulhou nas atmosferas criadas, adaptando sua lírica a cada instrumental.

“AXL é mágico. Ele transforma qualquer beat em algo único. Na faixa Paralelepípedo, isso fica muito evidente”, afirma Barba Negra.

Influências e desafios na produção

Grande parte da inspiração musical veio de loops brasileiros, que Barba Negra gosta de pesquisar e transformar em RAP. Essa escolha cultural trouxe um diferencial para o álbum, unindo autenticidade e inovação.

O impacto do projeto

Com letras profundas e beats envolventes, o álbum pretende resgatar a essência do RAP, convidando os ouvintes a sentirem a poesia e a música em sua totalidade. Para Barba Negra, o objetivo é destacar a responsabilidade do MC, que agora carrega grande parte do ritmo nas costas.


Entrevista completa

1. Como surgiu a ideia de colaborar com o AXL neste disco?
“Começamos essa parceria, nesse formato, lá na pandemia. O primeiro loop que fiz na máquina, o AXL já pegou e escreveu a ‘Tábua de Esmeralda’. Essa faixa tá no baú desde 2020.”

2. Como vocês equilibraram a essência tradicional do boombap com elementos contemporâneos?
“Sempre fui fã de RAP de rua, ligado à cultura Hip Hop. Quando o trap começou a dominar, continuei ouvindo e produzindo boombap. A estética drumless valoriza o sample e joga o flow na cara da música.”

3. Quais foram os maiores desafios ao criar beats que se conectassem com as letras e a vibe do AXL?
“AXL mergulhou na atmosfera dos meus instrumentais. Ele tem repertório lírico pra muitas atmosferas. Por isso, a parceria fluiu de forma natural.”

4. Vocês optaram por um conceito unificado ou cada faixa foi tratada de forma independente?
“No início, fizemos faixas soltas, mas depois percebemos como elas conversavam entre si e amarramos tudo pra criar uma obra coesa.”

5. Quais influências impactaram os beats e a atmosfera sonora?
“Quase 100% música brasileira. Gosto de ouvir, pesquisar e encontrar loops que possam virar RAP.”

6. Como você enxerga a química entre os beats e o flow do AXL?
“AXL é mágico. Na Paralelepípedo, isso fica evidente. Ele transforma sílabas em pura arte.”

7. O que você espera que os ouvintes sintam ao ouvir o álbum?
“Quero que sintam a música e a poesia. É RAP em sua essência: ritmo e poesia.”