Quando Messi disse que queria sair, o mundo parou! Foi montado um esquema e o argentino ficou no time catalão para ser o líder de uma reformulação que nesta janela de transferência não ajudou muito o clube.
O Barcelona esperava vender Rafinha para ajudar a financiar Memphis Depay e Eric García, pedidos de Ronald Koeman, mas o mercado fechou com o clube mal conseguindo vender o brasileiro, tampouco contratando os outros dois, uma anedota que ilustra com bastante precisão o momento administrativo do clube catalão.
Rafinha saiu. Mas o Barcelona não receberá nem perto dos € 16 milhões, valor da cláusula de rescisão, que vinha exigindo ao longo do mercado. Liberou-o ao Paris Saint-Germain sem custos, com € 3,5 milhões em variáveis e mantendo 35% de um valor futuro de venda.
Com apenas mais um ano de contrato e cansado de ser constantemente emprestado, Rafinha pretendia esperar até janeiro, quando poderia negociar livremente com clubes interessados, mas mudou de ideia devido ao interesse de um clube do patamar do PSG.
Segundo o Sport, o Barcelona aceitou essas condições para aliviar a sua folha salarial e tentar encaixar García e Depay, mas, no fim, não conseguiu contratar nenhum dos dois. Não houve negócio com o Manchester United por Ousmane Dembélé. O clube inglês insistiu no empréstimo, o Barça queria vendê-lo para redirecionar os fundos à contratação de Depay.
Em relação a García, o bem informado jornalista Fabrizio Romano contou que o Manchester City bateu o pé por € 20 milhões pelo zagueiro que, com as chegadas de Nathan Aké e Rúben Dias, deve ser a quinta opção, atrás também de John Stones e Aymeric Laporte. O Barcelona teria chegado no máximo a € 17 milhões, incluindo os bônus.
Em resumo, o Barcelona não conseguiu concretizar dois pedidos do seu treinador que não deveriam ser tão difíceis. Em que pesem as precárias condições financeiras do clube catalão neste momento, são jogadores que estão entrando no último ano de seus contratos. E ainda perdeu uma das melhores crias das suas categorias de base nos últimos tempos quase de graça a um concorrente no cenário europeu.
Ao PSG, Rafinha tornou-se uma opção muito barata para o meio-campo do PSG que, também longe de ser um exemplo administrativo, tem aproveitado todas essas oportunidades para reforçar esse setor. Nesta mesma janela, contratou Danilo Pereira, emprestado pelo Porto. Na anterior, havia atraído Ander Herrera, do Manchester United.
Talentoso, Rafinha tem o desafio de mostrar regularidade no mais alto nível, o que, aos 27 anos, ainda não conseguiu fazer. No Barcelona, foi prejudicado por uma série de lesões que, se não eram tão sérias, compensavam pela frequência. Teve apenas alguns bons momentos na Internazionale e outros pelo Celta de Vigo, em um patamar bem abaixo do que o PSG precisa exigir dos seus meias.
Ronald Koeman ofereceu ao Barcelona um bom começo dentro de campo, mas, fora dele, as coisas ainda parecem bem complicadas.