Panorama geral

Nesta semana, a Fifa divulgou os nomes dos 11 brasileiros que integrarão os comitês permanentes da entidade no ciclo 2025–2029. Os grupos tratam de áreas estratégicas que vão da gestão financeira ao futebol olímpico, ajudando a definir diretrizes globais para o desenvolvimento do esporte.

A ampliação da estrutura interna, implementada em julho de 2024, elevou o número de comitês de sete para trinta, cada qual com até 20 integrantes. Eles analisam governança, finanças, competições e contribuem para políticas da entidade em escala mundial.

Destaques brasileiros e funções

Entre os nomes confirmados estão o presidente da CBF, Samir Xaud, que assume o Comitê de Futebol Olímpico, e a presidente do Palmeiras, Leila Pereira, que passa a integrar o Comitê de Competições Masculinas de Clubes. O diretor-geral do IDP, Francisco Schertel Mendes — primeiro brasileiro na Comissão de Disciplina (desde 2021) — foi reconduzido para um segundo mandato consecutivo. O IDP mantém parceria com a CBF na gestão da CBF Academy, dedicada à formação de profissionais do futebol.

Como funciona a escolha

Os representantes são indicados pelas confederações continentais com base em sugestões das federações nacionais. As funções têm caráter institucional e não são remuneradas, reforçando o papel de representatividade dos dirigentes e executivos nomeados.

Lista de brasileiros nos comitês da Fifa (2025–2029)

• Samir Xaud — Comitê de Futebol Olímpico.
• Leila Pereira — Comitê de Competições Masculinas de Clubes.
• Michelle Ramalho — Comitê de Competições Femininas de Clubes.
• Mauro Carmélio — Comissão de Beach Soccer.
• Raimundo Góes — Comitê de Responsabilidade Social do Futebol.
• Leonardo Ferraz — Comitê de Relações Institucionais.
• Thairo Arruda — Comitê de Grupos de Interesses do Futebol Masculino.
• Júlio Avellar — Comitê de Competições Masculinas de Seleções.
• Aline Pellegrino — Comitê de Competições Femininas de Seleções.
• André Pedrinelli — Comitê Médico.
• Francisco Schertel Mendes — Comissão de Disciplina (recondução).

Saídas e mudanças relevantes

O Brasil deixou de ter representante no Comitê de Arbitragem — a vaga passou ao argentino Federico Beligoy, antes ocupada por Wilson Luiz Seneme, desligado da CBF em fevereiro. Na Comissão de Finanças, o húngaro Sándor Csányi assume a liderança, com o escocês Michael Mulraney como vice, em substituição ao presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez.

Por que isso importa para o futebol brasileiro

• Influência regulatória: presença ativa em comitês estratégicos ajuda a moldar calendários, regras e critérios de competições.
• Integração de políticas: maior alinhamento entre Fifa, Conmebol e CBF em temas como formação, saúde e integridade.
• Futebol feminino e de base: vagas específicas em comitês de competições femininas e seleções podem acelerar avanços estruturais.
• Conhecimento técnico: áreas como medicina, disciplina e responsabilidade social elevam padrões e boas práticas.

FAQ — Perguntas Frequentes

Quantos brasileiros integrarão os comitês da Fifa no ciclo 2025–2029?

Ao todo, 11 nomes confirmados em diferentes comitês e comissões permanentes.

Como os representantes são escolhidos?

Por indicação das confederações continentais, com base em sugestões de cada federação nacional.

As funções são remuneradas?

Não. Têm caráter institucional e de representatividade.

Quais os principais comitês com brasileiros?

Futebol Olímpico, Competições Masculinas de Clubes e de Seleções, Competições Femininas (Clubes e Seleções), Disciplina, Médico, entre outros.

Houve mudanças em arbitragem e finanças?

Sim. O Brasil perdeu a vaga no Comitê de Arbitragem (agora com Federico Beligoy). A Comissão de Finanças passa a ser liderada por Sándor Csányi, com Michael Mulraney como vice.

Qual o impacto prático para o Brasil?

Amplia-se a capacidade de influenciar decisões globais, com potencial de melhorias em calendários, formação e integridade do jogo.