Apesar das inúmeras manifestações populares de carinho ao Rei do Futebol, chamou a atenção o baixo número de ex-jogadores na cerimônia.
Se a multidão não se incomodou em pegar longas filas, que ultrapassaram três horas de espera em alguns momentos, ex-atletas, especialmente das gerações mais recentes, não tiveram a mesma iniciativa para dar o último adeus a Pelé.
A presença de nomes do futebol ficou restrita quase exclusivamente a autoridades e ex-jogadores do Santos, como Serginho Chulapa, Clodoaldo, Léo, Zé Roberto, Elano, entre outros. O ex-corintiano Emerson Sheik foi uma das exceções.
Ídolo do Santos no início da década passada, Neymar não compareceu e pediu que seu pai o representasse na cerimônia. Ele teria sido impedido de viajar ao Brasil pelo Paris Saint-Germain.
Nenhum nome marcante do tetra ou do pentacampeonato mundial da seleção brasileira foi à Vila Belmiro. Astros como Cafu, Ronaldo, Romário, Kaká, Ronaldinho Gaúcho ou Roberto Carlos, vistos em eventos de marcas ou esportivos, não se deslocaram a Santos.
Dois dos maiores atacantes da história do futebol brasileiro, Ronaldo e Romário enviaram coroas de flores à família.
Técnico da seleção brasileira nas últimas duas Copas do Mundo, Tite também não foi visto no velório e recebeu críticas do ex-jogador e atual apresentador Neto.
Críticas nas redes sociais
A ausência de tantos nomes gerou uma enxurrada de críticas nas redes sociais. Perfis consideraram o comportamento foi “desrespeitoso”, “vergonhoso” e “desprezível”.
Muitos lembraram da entrevista do ex-jogador Kaká durante a Copa do Mundo, quando o mesmo considerou que os ídolos não são valorizados no país. Um dos perfis considerou o episódio “um tanto contraditório”.
Já havia chamado a atenção a ausência de brasileiros na homenagem feita pela Fifa a Pelé no Catar, durante a Copa do Mundo, quando o Rei do Futebol estava internado.
Criaa da Zona Oeste do RJ.
Comunicador, fotógrafo, colecionador de camisas de times e camisa 8 no time da pelada.
Trabalhando com notícias e informações desde 2002.