Produtor do CQC pra Desimpedidos, falar e coordenar um canal de futebol no YouTube onde se tornaria o maior da América Latina. Do começo com as maiores atrocidades e imaturidade de todo homem que ama zoeira até o momento de que “não dá mais, eu não tenho nada a ver com isso que está acontecendo na política do YouTube e se eu não posso ser eu, que graça tem?”
Se moldar de estilo, jeitos, costumes e formas é algo cruel, na vida a gente já sabe o quanto é difícil. Imagina no YouTube, Trabalho? Pra um público que sonha em conhecer o cara por trás da máscara e que muitas vezes não entende o verdadeiro amor do mesmo, em falar com jogadores de diferentes gerações, técnicos, dirigentes, presidentes e até mesmo árbitros, isso mesmo, árbitros.
Bolívia foi, é e pode continuar sendo o melhor jornalista esportivo desse país. Nenhum jogador se sente tão à vontade em uma “entrevista” quanto às com o príncipe mascarado, cada resenha se torna única e cada episódio que vai ao ar, tem algo novo jamais visto em outro lugar até determinado momento.
Você tirar respostas inusitadas e sinceras dos entrevistados era talvez o maior toque de mágica e talento de Bolívia, mostra o quanto esse cara tem jeito pra coisa. Conseguir fazer com que o goleiro Marcos, um dos maiores ídolos do Palmeiras, admitir que o Palmeiras não tem mundial, é pra poucos, ou talvez, só pra um, um cara de máscara.
Temos também do Arnaldo César Coelho (mesmo que indiretamente), perguntando se ele já pensou em mandar o “Cala A Boca Galvão” ao vivo… e a resposta ser totalmente sincera, humorada e respondida, com simplesmente “SIIIIIIIIIIM”. Que outro jornalista esportivo OUSARIA fazer essa pergunta pra uma LENDA da GLOBO em um programa pra mais de 8 milhões de pessoas? Então… prazer, Bolívia Zika.
Isso é só dois de mais de 230 BTS que já foram ao ar, eu zerei o BTS e revi a maioria novamente, sabe quando você ficava a madrugada esperando começar o programa do Jô? (se você tem mais de 23 anos, deve saber como era isso). Você saberia que mesmo o entrevistado não fosse aquilo tudo, o apresentador faria toda diferença. Foi exatamente assim que me senti com Bolívia, toda quinta feira no ar ao longo desses últimos 4 anos.
Todo ciclo tem seu fim e infelizmente ou felizmente, só o tempo dirá, chegou o momento do Bolívia. Seja assumindo a pessoa por trás da máscara e acabando com todo mistério que já rondou a vida desse mano ou apenas se reinventando e aprontando outras coisas como príncipe mascarado, de qualquer forma, todo meu apoio e minha admiração, cara.
Jornalista, fotógrafo, amante do rap nacional e fã nato do Baianinho de Mauá.