Clássico entre Flamengo e Vasco tem briga de torcidas organizadas e torcedor morto; nova punição a caminho

Clássico entre Flamengo e Vasco tem briga de torcidas organizadas e torcedor morto; nova punição a caminho

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Uma  briga generalizada entre membros de torcidas organizadas de Flamengo e de Vasco, no último domingo, causou panico nas proximidades do Maracanã e deixou um torcedor.

A confusão aconteceu nas ruas do bairro de São Cristóvão, a cerca de 1 km do estádio do Maracanã, antes do jogo entre as duas equipes no domingo.

 

 

O problema, resgatou o debate sobre o afastamento destas associações dos estádios. A prática do Ministério Público (MP), seguindo a lei do Estatuto do Torcedor, vem ocorrendo há alguns anos, mas não tem sido eficaz.

A punição já subiu para cinco anos. E, a cada ocorrência do tipo, a penalidade passa a contar do zero. Como é possível que aconteça com as envolvidas no episódio de domingo. Com isso, muitas organizadas passam longos hiatos fora das arquibancadas.

É um problema recorrente há muito tempo. Temos tentado alguma solução pelo Estatuto do Torcedor, que prevê penalidades como o afastamento dos agressores e das associações a que pertencem. Elas são responsáveis pela educação dos integrantes — disse o jornal Extra o promotor Rodrigo Terra,  que reconhece a dificuldade em avançar neste trabalho:

— O MP tem encontrado dificuldades em adotar medidas para melhorar a segurança do torcedor. Não conseguimos a biometria, para identificar os torcedores; não conseguimos a torcida única. Sempre esbarramos no judiciário. Mas temos que fazer alguma coisa que ainda não foi feita.

Recentemente, foi apresentado na Alerj um projeto de lei pedindo anistia às cinco organizadas que estão banidas dos estádios. Um dos argumentos delas era de que apenas os agressores deveriam ser punidos, não a associação. A lei foi sancionada pelo governador, mas sem o texto da anistia das punições, por se tratar de uma competência federal.

Uma anistia provisória de 60 dias, no entanto, se daria condicionada à atualização do Termo de Ajuste de Conduta (TAC) assinado em 2011 pelo Ministério Público do Rio. Houve algumas reuniões envolvendo promotores públicos, representantes de organizadas e das entidades do futebol. No último encontro, no fim de janeiro, o texto final deveria ter sido assinado. Nele, as torcidas se comprometeriam a manter seus cadastrados atualizados junto às forças de segurança e expulsar os agressores identificados. Desta forma, a penalidade não recairia sobre a associação.

O que dizem as torcidas.

Em nota oficial as duas torcidas se pronunciaram sobre o ocorrido e tendência é que sofram novas punições nos próximos dias.

https://www.instagram.com/p/Cpc_j4rOF5a/

https://www.instagram.com/p/CpdDS6EOrCR/

600 agentes policiais e apenas uma prisão

Apesar de a segurança para o jogo contar com 600 policiais, segundo a PM do Rio, o efetivo não conseguiu conter a fúria de torcedores rivais que se encontraram nas imediações do Maracanã e promoveram cenas fortes de violência e depredação. Há cinco anos, o número de PMs envolvidos em clássicos da cidade chegava, no máximo, a 500 policiais — homens do Batalhão Especializado em Policiamento em Estádios (Bepe) fazem a segurança interna do estádio e membros de outras unidades, como cavalaria e choque, são responsáveis pelo entorno.

No total, apenas uma pessoa foi presa e algumas dezenas de itens utilizados no confronto foram apreendidos. Além disso, mais de 100 ônibus de 60 linhas da frota do Rio foram depredados, em um prejuízo superior a R$ 200 mil.