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Caos no RJ: Governador Cláudio Castro mentiu sobre pedido de ajuda do Governo Federal, afirmam fontes

por CRIAA · 28 de outubro de 2025

Na manhã de 28 de outubro de 2025, o Estado do Rio de Janeiro deflagrou uma megaoperação nos complexos do Alemão e da Penha. A operação mobilizou grande contingente policial e registrou dezenas de mortos e dezenas de presos. Em entrevistas, o governador Cláudio Castro afirmou que o governo federal teria negado o empréstimo de blindados e que o estado “estava sozinho” na ação.

Horas depois, Castro ligou para a ministra das Relações Institucionais para esclarecer o tom das declarações — e, no diálogo, ficou claro que não houve pedido formal de GLO (Garantia da Lei e da Ordem) por parte do governo estadual, condição necessária para liberação de blindados. A ausência do protocolo explica por que não houve envio desse tipo de equipamento.


Linha do tempo resumida ⏳

  • Manhã (28/10/2025): megaoperação nos complexos do Alemão e da Penha.
  • Declaração pública do governador: “o governo federal negou ajuda; estávamos sozinhos.”
  • Comunicado do Executivo federal: reafirma apoio integrado e presença de Força Nacional.
  • Após as trocas de declaração, ligação de Castro para Gleisi Hoffmann para esclarecer que não quis criticar o presidente — e admite ausência de pedido formal de GLO.

O problema central: protocolo vs. narrativa 📑 vs 🗣️

  • Protocolo técnico: o uso de blindados operacionais envolve regras formais; a decretação de GLO é um mecanismo jurídico-administrativo que habilita o emprego de determinados meios federais. Sem o pedido formal, não há como liberar blindados.
  • Narrativa pública: afirmar que “foi negado” sem a existência do pedido formal transforma um problema de procedimento em crise política — e altera a percepção pública sobre quem assumiu responsabilidades na operação.

Impacto imediato na segurança e na política ⚖️

  • Segurança pública: operações de grande porte dependem de articulação entre esferas. Falhas de protocolo tornam ações mais arriscadas para policiais e civis.
  • Política: a disputa de versões entre governo estadual e federal pode se tornar matéria-prima para desgaste público e amplificação de tensões eleitorais e institucionais.
  • Responsabilidade administrativa: se a ausência de protocolo for confirmada internamente, haverá necessidade de apuração sobre falhas de coordenação e de comunicação.

O que acompanhar nas próximas horas/dias 👀

  • Se o governo estadual formalizar pedido de GLO ou reconhecer falha de protocolo.
  • Esclarecimentos adicionais do Ministério da Justiça sobre cronologia de pedidos e atendimentos.
  • Reações políticas e medidas administrativas internas que expliquem por que o pedido não foi protocolado antes da operação.

Por que isso interessa? ❗

Porque a segurança pública envolve vidas e instituições: quando um grande conjunto de ações táticas é realizado sem a coordenação técnica necessária, o risco para agentes e civis aumenta — e a disputa política pela versão dos fatos só atrasa a apuração e a correção de procedimentos. A narrativa pública pode ter efeito imediato sobre a confiança da população e sobre decisões futuras de parceria entre governos estadual e federal.

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