Clipse retorna às origens no Tiny Desk com set nostálgico e estreia de faixas novas

Clipse retorna às origens no Tiny Desk com set nostálgico e estreia de faixas novas

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🏡 Virginia no topo: Tiny Desk vira casa para Clipse

Na mesma sexta-feira em que lançaram Let God Sort Em Out, Pusha T e Malice — o duo Clipse — ocuparam o escritório da NPR Music em Washington D.C. para um dos Tiny Desk Concerts mais aguardados do ano.

Mais do que divulgação, a apresentação teve gosto de retorno às raízes: ambos nasceram e cresceram na região da Virginia, e fizeram do miniconcerto uma celebração da trajetória, das memórias e do presente criativo.

“Foi tipo um homecoming de respeito. E o público do Tiny Desk sentiu isso.” — Bobby Carter, produtor da NPR


🎵 Setlist misturou passado e presente, com escolhas cirúrgicas

Com pouco mais de 20 minutos de duração, o show começou com “Virginia”, faixa do clássico Lord Willin’ (2002), e navegou por momentos impactantes de sua curta, porém densa discografia:

Setlist completo:

  1. Virginia
  2. Keys Open Doors
  3. Momma I’m So Sorry
  4. Birds Don’t Sing (do novo álbum)
  5. Chains & Whips feat. Kendrick Lamar
  6. Grindin’ — o hino, o clássico, o encerramento obrigatório

Curiosamente, o duo ignorou o álbum Til The Casket Drops (2009), algo que faz sentido: o disco marcou o fim da primeira fase do grupo e foi pouco celebrado pelos fãs.


🔊 Nada de jazz: só funk futurista da Virginia Beach

O produtor Bobby Carter revelou uma curiosidade nos bastidores:

“Eu não sabia o que eles queriam em termos de som — até me dizerem o que não queriam: nada de versões jazzísticas.”

Ou seja: esqueça arranjos suaves ou levadas acústicas. O Tiny Desk de Clipse é peso, com batidas sujas e a entrega crua que os fãs esperam desde “Grindin’”. O resultado? Um set direto, cheio de energia e fiel ao som original da Cactus Street.


👑 Um momento raro e poderoso

O show do Tiny Desk não foi apenas uma performance. Foi:

  • Um tributo à trajetória única do Clipse
  • Uma afirmação da química intacta entre Pusha e Malice
  • Uma plataforma para mostrar que Let God Sort Em Out não é só um retorno — é uma nova era

E claro, fechar com “Grindin’” foi mais do que escolha óbvia: foi a lembrança de que eles começaram um movimento com uma batida feita na mesa da escola — e ainda mandam como se fosse 2002.


🤖 Por que isso interessa?

Num momento em que o rap se move em ciclos rápidos e colaborações sem alma, Clipse reaparece para lembrar o valor de identidade, coesão e história. O Tiny Desk não apenas promove o novo álbum — ele reposiciona a dupla como referência obrigatória para quem leva o hip-hop a sério. Eles não precisam mudar o som. Eles são o som.