Clubes brasileiros promovem inclusão de torcedores autistas

Clubes brasileiros promovem inclusão de torcedores autistas

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🧩 No Dia Mundial do Orgulho Autista, o futebol também abraça

Celebrado nesta quarta-feira (18), o Dia Mundial do Orgulho Autista ganha destaque especial dentro dos estádios brasileiros. De norte a sul, clubes vêm implementando iniciativas que tornam o ambiente esportivo mais acessível e acolhedor para pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e outras condições associadas.

Em um espaço onde a paixão e o barulho muitas vezes são intensos, essas ações representam um passo essencial rumo a um futebol mais inclusivo, sensível e humano.


🟩 Allianz Parque e o exemplo do Palmeiras

Em 2024, o Palmeiras inaugurou uma sala sensorial no Allianz Parque, equipada com isolamento acústico (reduzindo o som externo em até 40 decibéis) e estrutura adaptada para torcedores com TEA, TDAH, TDL e Síndrome de Down. O espaço conta com profissionais capacitados e acolhe com segurança os torcedores que desejam sentir o jogo sem sobrecargas.


⚪ Santos: camisa, leilão e representatividade

O Santos FC realizou um leilão beneficente com camisas usadas na partida contra o Bahia, revertendo os valores para instituições voltadas ao autismo. Além disso, 11 torcedores autistas receberam os atletas no aquecimento, num momento emocionante. Segundo o presidente Marcelo Teixeira, ações como essa fazem parte da tradição do clube, dentro do projeto “Muito Além do Futebol”.


💛 Cuiabá e o acolhimento na Arena Pantanal

Em parceria com o Governo de Mato Grosso, o Cuiabá EC levou crianças autistas à Arena Pantanal, reforçando seu compromisso com a inclusão. “É gratificante vê-los se divertindo em nossa casa”, declarou o presidente Cristiano Dresch.


🔵 Fortaleza entrega abafadores de ruído

No Ceará, o Fortaleza disponibiliza abafadores de som para torcedores com TEA. O equipamento pode ser solicitado antecipadamente. “O futebol é para todos, sem exceção”, reforçou Marcelo Paz, CEO do clube.


❤️ Sport: clínica para atendimento na sede social

O Sport Recife, em parceria com o Instituto Somar, mantém uma clínica especializada para atendimento a pessoas com autismo. Com capacidade para até 100 atendimentos por dia, a estrutura é considerada uma das maiores ações sociais fixas de um clube brasileiro.


🔴 Internacional: sala inclusiva no Beira-Rio

O Internacional criou uma tribuna adaptada e climatizada com abafadores, jogos sensoriais e apoio especializado. A “Sala Inclusiva” comporta até 7 pessoas com TEA e acompanhantes, com suporte da equipe de acessibilidade do clube. A ação faz parte da Diretoria de Inclusão Social.


🟢 Juventude: torcida e camarote inclusivo

No Juventude, um camarote exclusivo para autistas foi reformulado para melhor acolhimento. O clube oferece também fones redutores de ruído e mantém um projeto de torcida organizada voltada para o público TEA. “É inclusão de verdade, feita com cuidado e presença”, reforçou o diretor Fabiano Pizetta.


🔷 Avaí: camisas com mensagem de empatia

Durante a partida contra o Operário-PR, os jogadores do Avaí usaram camisas com números em forma de quebra-cabeça e mensagens de conscientização. Após o jogo, as peças foram leiloadas em prol da AMA (Associação de Pais e Amigos de Autistas), reforçando o poder do futebol como ferramenta social.


❓ Por que isso interessa?

O futebol é paixão, mas também deve ser acolhimento. As ações dos clubes brasileiros mostram que é possível adaptar arquibancadas, gramados e estruturas para garantir que todos os torcedores se sintam parte do espetáculo. Inclusão não é tendência — é compromisso. E quando o futebol entende isso, ele cumpre o papel de ser, de fato, o esporte de todos.