Com L7nnon entre os acionistas, Olaria vira SAF e é o novo-rico do futebol carioca

Com L7nnon entre os acionistas, Olaria vira SAF e é o novo-rico do futebol carioca

Gostou? Compartilhe

🟦 O Azulão da Bariri renasce como SAF

Fundado em 1915, o Olaria Atlético Clube carrega mais de 100 anos de história no futebol carioca. Conhecido como o Azulão da Bariri, o clube da Zona Norte viveu dias de glória, como o vice-campeonato estadual em 1933 e a disputa da Série A nos anos 70, mas também amargou um longo período de decadência.

Agora, em 2025, o Olaria passa por uma reviravolta com a criação de sua Sociedade Anônima do Futebol (SAF). O clube foi comprado por três grupos: a H (35%), a DTS Telecom, ligada a Marcos Braz (30%), e a DLA Investments, do rapper L7 (30%). O próprio clube manteve 5% das ações, preservando sua identidade e raízes.


💸 Investimento de R$ 25 milhões em 25 anos

A nova SAF promete injetar R$ 25 milhões ao longo de 25 anos, o que representa cerca de R$ 1 milhão por temporada. O investimento será aplicado exclusivamente no futebol profissional, com metas claras: reformular a base, reerguer a estrutura do clube e garantir o retorno à elite do Campeonato Carioca.

A modernização também visa retomar o protagonismo na Rua Bariri, estádio histórico do clube inaugurado em 1947. A ideia é reaproximar o torcedor da comunidade, transformar o estádio em um polo esportivo-cultural e consolidar o Olaria como modelo de gestão no cenário estadual.


🎤 L7 no futebol, Marcos Braz de volta

A presença de L7, ícone do rap nacional e voz ativa da juventude periférica, traz um elemento cultural poderoso à SAF. Sua participação atrai um novo público, conecta o futebol com a música urbana e impulsiona a imagem do Olaria em campanhas, redes e ações com marcas.

Marcos Braz, ex-vice de futebol do Flamengo, entra com peso político e know-how de gestão, o que aumenta a credibilidade do projeto. Com essa dupla, o Azulão da Bariri volta a ser manchete e começa a resgatar o sonho de dias melhores dentro e fora de campo.


🧨 Uma nova era no subúrbio carioca

Nos últimos anos, o clube viu dívidas acumularem, sofreu penhoras e correu o risco de fechar as portas. A entrada da SAF surge como última cartada, mas também como primeira esperança real em muito tempo. Pela primeira vez, há plano, dinheiro e imagem pública jogando a favor.

O Olaria sempre foi mais do que um clube de futebol: é símbolo de resistência suburbana, de comunidade e de tradição esportiva no Rio. Se conseguir equilibrar gestão moderna com identidade popular, pode virar case de sucesso em meio a um cenário de SAFs duvidosas.


Por que isso importa?

A SAF do Olaria é uma aposta diferente. Não envolve um gigante em crise nem uma empresa estrangeira bilionária, mas sim um time de bairro e dois nomes com peso cultural e esportivo no Brasil. Mostra que o futuro do futebol pode passar também pela cultura, comunidade e criatividade, não só pelo capital. É um exemplo de que a nova economia do futebol brasileiro pode — e deve — incluir os clubes de raiz.