Conmebol lança vídeo com jogadores contra o racismo

Conmebol lança vídeo com jogadores contra o racismo
Gostou? Compartilhe

Entidade reage à pressão por ações mais firmes e divulga campanha com atletas de clubes sul-americanos

Ainda sob forte pressão por sua postura considerada branda em casos recentes de racismo na Libertadores e na Sul-Americana, a Conmebol publicou nesta terça-feira (8) um vídeo institucional com jogadores pedindo o fim do racismo, da violência e da discriminação nos torneios organizados pela entidade.

Participam da campanha atletas de clubes de diferentes países sul-americanos, incluindo os brasileiros Everton Ribeiro (Bahia), Matheusinho (Vitória) e Romero (Cruzeiro). Jogadores da Venezuela, Equador, Chile e Argentina também aparecem no vídeo, que foi divulgado nas redes sociais da Conmebol como parte de uma nova ofensiva contra práticas discriminatórias.

“Força-tarefa” liderada por Ronaldo Nazário

No final de março, a entidade anunciou a criação de uma força-tarefa para elaborar medidas concretas contra o racismo e a violência em suas competições. O grupo é coordenado pelo ex-jogador Ronaldo Nazário, empresário e dono de clubes como o Cruzeiro, e tem como objetivo propor ações mais efetivas de combate à discriminação no futebol sul-americano.

A iniciativa surge após uma série de episódios de racismo que abalaram a imagem da entidade, sendo o caso mais recente o que envolveu o jogador Luighi, do Palmeiras, durante a Libertadores Sub-20. O meia foi alvo de ataques racistas vindos da torcida do Cerro Porteño, do Paraguai.

Multa contestada e crítica pública

Em resposta ao episódio, a Conmebol aplicou uma multa de US$ 50 mil ao Cerro Porteño e determinou que o clube disputasse o restante do torneio com portões fechados. No entanto, a punição foi amplamente criticada, incluindo por Leila Pereira, presidente do Palmeiras, que a classificou como “ridícula” diante da gravidade do ocorrido.

Campanha tenta recuperar credibilidade

Com o vídeo, a Conmebol tenta recuperar a credibilidade diante da opinião pública e mostrar comprometimento no combate ao racismo. A expectativa é que, com a força-tarefa ativa, novas sanções mais rigorosas e medidas educativas sejam implementadas nos próximos meses.