Luís Figo, lenda do futebol português e vencedor da Bola de Ouro em 2000, deu sua opinião sobre a possível greve dos jogadores europeus devido ao excesso de jogos. Em entrevista, Figo destacou a complexidade do tema, enfatizando que os jogadores possuem contratos que precisam ser respeitados, mas também ressaltou a necessidade de encontrar um equilíbrio.
“Cada vez há mais jogos e isso é como uma bola de neve. Mas, quanto mais jogos, também os contratos são maiores. Se reduzem os jogos, imagino que os contratos também serão reduzidos. Então, é uma questão de equilíbrio, que é sempre muito difícil de encontrar”, disse Figo, que teve passagens por clubes como Barcelona, Real Madrid, Inter de Milão e Sporting.
As mudanças recentes no calendário europeu, como a nova Champions League a partir da temporada 2024/25, trouxeram ainda mais preocupação. A competição agora conta com 36 clubes e, no lugar da tradicional fase de grupos, foi introduzida a fase de liga, com oito rodadas iniciais e a possibilidade de mais jogos nos playoffs.
Além disso, a FIFA anunciou o “Super” Mundial de Clubes para 2025, que será disputado a cada quatro anos, com 32 times e uma duração de quatro semanas. O aumento no número de partidas gerou críticas de jogadores como Rodri, do Manchester City, Koundé, do Barcelona, e Alisson, do Liverpool, que, juntamente com sindicatos como FIFPRO e PFA, manifestaram preocupações com a sobrecarga.
Rodri destacou que o descanso é essencial para a qualidade do futebol: “Nem tudo é dinheiro ou marketing, é também a qualidade do show. Quando estou descansado, jogo melhor. Se as pessoas quiserem ver um futebol melhor, precisamos descansar. Quando o número de jogos começar a aumentar, o desempenho e a qualidade diminuem.”
Mesmo com as críticas, a FIFA não cogita cancelar o Mundial de Clubes de 2025 e já está em negociações para os direitos de transmissão. A entidade também planeja oferecer cerca de € 50 milhões para cada equipe participante. Flamengo, Fluminense e Palmeiras são os times brasileiros já garantidos no torneio, com a possibilidade de Atlético-MG, Botafogo ou São Paulo se juntarem a eles, dependendo dos resultados das competições nacionais.