Criolo, Rael e Mano Brown, três artistas que se cruzam profissionalmente e pessoalmente, têm como principais pontos de encontro o local de onde vieram e a cena musical que construíram. O trio nasceu e cresceu no extremo sul da capital paulista, vivenciando uma São Paulo diferente daquela dos cartões postais ou das publicações turísticas.
Esse encontro especial ocorrerá na segunda edição do Festival Doce Maravilha, com curadoria de Nelson Motta, no Rio de Janeiro. O evento será realizado no dia 25 de maio, no Jockey Club, localizado na zona sul da cidade. O lineup do festival também contará com outros artistas consagrados. Ingressos já estão à venda!
“A gente já havia feito numa outra temporada ‘Criolo e Brown’ alguns anos atrás, e foi sucesso. O pessoal queria ver de novo, e eu falei, pra fazermos algo diferenciado, trazer um cara amigo dos dois, que fizesse uma conexão dos dois sons. Tinha que ser o Rael”, conta Mano Brown.
O setlist do show foi montado em cima da união musical dos cantores, dividido em três momentos que trazem diferentes fases artísticas e sonoridades. O repertório inclui grandes sucessos como “Não Existe Amor em SP”, “Jesus Chorou”, “Envolvidão”, “Subirusdoistiozin”, “Vida Loka, Pt. 2” e “O Hip Hop É Foda”.
“A gente pensou em um bloco de músicas que combinassem sonoramente e tematicamente. Fizemos essa junção mesclando vários trampos de todo mundo, de vários discos nossos. Não é um setlist cronológico, foi pensando em o que cabia nesse momento”, completa Rael.
Criolo, Rael e Mano Brown serão acompanhados no palco por uma banda formada por Dj Dri (DJ), Dj DanDan (DJ e backing vocal), Lino Krizz (backing vocal), Silvera (teclados e backing vocal) e Bruno Dupré (guitarra). As luzes e os recortes visuais prometem mergulhar o público nas vivências dos artistas, retratando o chão onde caminharam e os bairros em que cresceram.
“O que tá muito aqui é o nosso desejo de dividir uma São Paulo, uma íntima SP que não se vê no cartão postal, dividir uma São Paulo que nós crescemos, que é do extremo sul. Estávamos separados por água, mas unidos em coração e em sentimento, de entender que o rap era uma revolução em nossas vidas. Então, o desejo é de levar uma São Paulo singela, verdadeira, que nós crescemos e que talvez nem exista mais hoje, mas toda a favela tem em si seus códigos. Nós queremos dividir um pouco desse orgulho que temos do nosso território, do nosso povo, do nosso bairro. Mostrar através da música, através dos recortes e visuais, um pouco dessa São Paulo que a gente carrega nas nossas histórias”, finaliza Criolo.