Damon Dash explica por que o processo judicial de Jay-Z e da Roc-a-Fella contra ele é “Piegas e constrangedor”

Alex Spiro, advogado de JAY-Z e Roc-A-Fella Records, entrou com um processo contra o co-proprietário Damon Dash em junho, acusando o magnata do Hip Hop de 50 anos de tentar leiloar o álbum de estreia do Hov em 1996, Reasonable Doubt, como um NFT sem permissão. Mas Dash refutou a história e insistiu que estava simplesmente tentando vender toda a sua participação de um terço na Roc-A-Fella.

A situação se intensificou esta semana depois que Dash entrou com uma ação de resposta  contra JAY-Z e Roc-A-Fella na Suprema Corte de Nova York, alegando que JAY-Z reivindicou erroneamente os direitos de transmissão de Reasonable Doubt para si mesmo.

De acordo com o The Hollywood Reporter, o processo diz que JAY-Z transferiu os direitos de streaming do álbum para a S. Carter Enterprises LLC sem autorização da Roc-A-Fella. Consequentemente, Dash está buscando um mínimo de US $ 1 milhão em danos por enriquecimento sem causa, violação do dever fiduciário, reaproveitamento e conversão.

Quando procurado para comentar, Spiro chamou o processo de “nada mais do que uma façanha frívola”, mas Dash e seu advogado Natraj Bhushan discordam. Durante uma entrevista por telefone com o HipHopDX , Damon Dash expressou sua frustração com todo o desastre legal.

“Da minha perspectiva, parece que tudo isso foi feito para desvalorizar esse ativo”, disse ele ao  DX com naturalidade. “Eu simplesmente não entendo o porquê. O estranho é que eles sabiam que eu estava tentando vender apenas um terço, mas estão tentando dizer que tentei vender tudo. Mas todos nós sabemos que esse não é o caso, então por que eles continuam dizendo isso? A questão é: por que isso é tão importante? Por que todos estão com tanto medo de eu vender o meu terço? ”

Considerando os relacionamentos de Dash com JAY-Z e o co-fundador Kareem “Biggs” Burke, remonta aos anos 1990, alguém poderia pensar que um simples telefonema poderia ter evitado a espiral descendente de processos judiciais que eles estão enfrentando atualmente, algo que igualmente confunde Dash .

“Honestamente, acho isso brega”, diz Dash. “Se houver um problema, é só me ligar. Por que eu tenho que ouvir isso? Por que tenho que ser processado? Biggs, Jay, me liguem e me digam qual é a jogada, mas se vocês me atacarem, terei que atacar de volta. E quando digo isso, estou dizendo agora que estou procurando por baixo do capô, parece loucura, mas eu simplesmente acredito que não preciso de tudo isso. Estou tentando viver minha vida. Sou o cara que sempre diz que isso é o que eles querem que façamos. Eles querem que nós, culturalmente, lutemos uns contra os outros enquanto nos observam e é exatamente isso que está acontecendo.

“É como, ‘Ei, apenas me chame como um homem e me diga qual é o problema.’ Mas, no final do dia, não vejo que diferença faz se eu tiver ou vender a minha parte. Por que tenho que ser parceiro? E então eles estão tentando convocar uma reunião falsa para tentar fazer um novo estatuto, o que eles não podem fazer ”.

Quando questionado por que ele acha que JAY-Z não escolheu falar com ele de homem para homem, Dash admitiu: “Não faço ideia, mas é piegas e acho que é constrangedor. E agora estou em uma briga que não quero quando estou fazendo outras paradas. Tudo o que quero fazer é vender meus interesses e fazer o que tenho que fazer. Em vez disso, fui chamado de mentiroso, tive que ver um homem branco [Alex Spiro] me chamando de ladrão, alguém tentando me dizer como administrar meu negócio.

“Alex Spiro literalmente tentou colonizar minha empresa – como entre, tente nos dizer o que fazer e o que ele vai fazer com isso. E não é sua empresa. Esta é uma empresa de propriedade de negros, três homens negros começaram isso. E eu sou o CEO e diretor, sempre fui. Acho que o problema é que Jay está ficando confuso. Ele é o chefe da roc, tanto faz, mas eu sou o chefe da Roc-A-Fella, Inc. Eu sou o diretor. Eu sou o CEO. E se você puder me mostrar algo que diga o contrário, eu gostaria de ver. Acho que isso nunca foi contestado. ”

CRIAA

Sou Bruno “CRIAA” Inácio, desde 2002 falando sobre Rap na Internet,  editor-chefe da Rapgol Magazine, onde conecto os universos do rap e do futebol com conteúdo autêntico e relevante. Com foco na curadoria de histórias que refletem a essência da cultura urbana, também assino artigos e entrevistas que destacam a voz dos artistas e a vivência das ruas.