Nesta semana o trend que tomou conta da internet foi a possibilidade de criar line-up do seu festival de música com os artistas mais escutados no Spotify do usuário
O site Instafest permite que usuários criem o line-up de um festival fictício de música a partir de seus artistas e bandas mais ouvidos no Spotify. A plataforma analisa os dados do ouvinte no aplicativo de streaming e organiza as suas preferências.
O Boulevard Recording fez uma postagem no Instagram dizendo que o Spotify poderia fazer melhor e o Daniel Ganjaman abordou o assunto completando com suas palavras.
“O Spotify paga aos artistas de US$ 0,003 a US$ 0,005 por stream em média, enquanto seus executivos ganham de seis a sete dígitos, em torno de US$ 200 mil/ano e US$ 115/hora. Para de fato apoiar seus artistas favoritos, compre suas músicas no site ou em uma loja de discos e você estará fazendo uma grande diferença.”
É evidente que o formato vigente de se escutar música tem seus benefícios – sobretudo para o ouvinte – mas é importante que fique claro: estamos movimentando a engrenagem que garante a manutenção da riqueza de bilionários, e infelizmente, não temos qualquer alternativa no horizonte. Sendo assim, escute música da forma que preferir, mas se tiver condições, também vá ao show de seu artista preferido, compre seu disco/camiseta/boné/caneca/adesivo, faça um pix, participe das campanhas de financiamento coletivo, subscreva ao canal e poste o conteúdo em suas redes.
O mercado fonográfico segue sendo de fato lucrativo somente para uma parcela minúscula da infinidade de artistas que estão disponíveis nas plataformas. Dá também aquela moral pra quem tá na luta desde sempre.
Daniel Ganjaman é um produtor musical, engenheiro de áudio e músico brasileiro.
É conhecido por seus trabalhos com Sabotage, Criolo, BaianaSystem entre muitos outros, tendo 4 trabalhos indicados ao Grammy Latino (sendo um vencedor) e crédito em alguns Discos de Ouro.
Criaa da Zona Oeste do RJ.
Comunicador, fotógrafo, colecionador de camisas de times e camisa 8 no time da pelada.
Trabalhando com notícias e informações desde 2002.
