Das Ruas de Neukölln à Glória da Champions League: A Luta Intensa de Antonio Rüdiger Contra o Racismo e Seu Caminho para a Vitória

Das Ruas de Neukölln à Glória da Champions League: A Luta Intensa de Antonio Rüdiger Contra o Racismo e Seu Caminho para a Vitória

Antonio Rüdiger, zagueiro do Chelsea, compartilhou uma poderosa narrativa sobre sua vida e experiências, abordando questões de racismo, imigração e a luta por igualdade. O jogador inicia seu relato relembrando um episódio de abuso racial que enfrentou durante um jogo da Lazio em 2017, destacando como tais incidentes deixam marcas profundas, mesmo que não reaja publicamente naquele momento.

Ao longo do texto, Rüdiger explora a falta de efetividade nas respostas ao racismo no futebol, questionando por que a sociedade reage de forma mais enérgica a certas questões do que a outras. Ele destaca a importância de ações reais, como as demonstradas por Daniele De Rossi, que, ao invés de apenas postar em redes sociais, expressou genuína preocupação e empatia após o episódio racista.

O jogador aborda também sua origem em Berlin-Neukölln, um bairro marcado pela diversidade e pelas dificuldades enfrentadas por imigrantes. Ele destaca o código de solidariedade presente em comunidades assim, mas também relata experiências de discriminação, evidenciando como estereótipos persistem e afetam as interações diárias.

Rüdiger revela como o futebol se tornou não apenas um sonho, mas uma questão de sobrevivência para ele e sua família. Ele descreve a intensidade com que jogava nas ruas de Neukölln, enfrentando estereótipos e preconceitos desde a infância. O jogador ressalta que, para ele, o futebol era uma oportunidade de proporcionar uma vida melhor para sua família e escapar das dificuldades do bairro.

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O relato de Rüdiger continua abordando sua jornada profissional, destacando o papel da imprensa na perpetuação de estereótipos, especialmente durante sua passagem pela Itália. Ele destaca como, muitas vezes, o foco é desviado de suas habilidades para questões relacionadas à sua origem em Neukölln. O jogador reflete sobre a importância de entender as complexidades de diferentes bairros e a armadilha dos rótulos.

O texto também revela um período difícil em sua carreira no Chelsea, onde enfrentou críticas e ofensas nas redes sociais. Rüdiger destaca como as notícias negativas podem impactar a percepção pública e revela ter recebido pedidos de desculpas de pessoas que o haviam criticado anteriormente.

No final, Rüdiger enfatiza que seu relato não busca soluções rápidas, mas sim promover uma reflexão mais profunda sobre as questões de racismo. Ele aponta para a necessidade de uma mudança real, além das campanhas de mídia social, e convida as pessoas a se educarem, lerem sobre a história das comunidades negras e abrirem suas mentes para diferentes perspectivas. Rüdiger encerra expressando sua esperança de que sua trajetória inspire aqueles que enfrentam desafios semelhantes, destacando a importância de se manter firme na luta por igualdade.

 

Eles estavam me chamando de n****.

Eles gritavam: “Vá se foder, vá comer uma banana”.

Cada vez que eu tocava na bola, eles faziam grunhidos de macaco.

Não foram apenas algumas pessoas. Foi uma grande parte dos torcedores da Lazio durante o Derby della Capitale, em 2017.

Esse não foi o primeiro ato racista que sofri, mas, certamente, o pior. Foi ódio real. Você sabe disso quando vê nos olhos deles.

No momento, não reagi. Eu não saí do campo. Não queria dar a eles esse tipo de poder. Mas, por dentro, não importa o quão forte seja, se você é um ser humano com um coração batendo, ficará marcado por isso.

Sempre que algo assim acontece, como o mundo do futebol reage?

As pessoas dizem: “Ahhh, é tão terrível”.

Os clubes e os jogadores postam uma pequena mensagem no Instagram: “Chega de racismo!!!”.

Todos agem como se fossem “apenas alguns idiotas”.

Leia a matéria completa no The Players` Tribune 

foto perfil criaa

Criaa da Zona Oeste do RJ.
Comunicador, fotógrafo, colecionador de camisas de times e camisa 8 no time da pelada.
Trabalhando com notícias e informações desde 2002.

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