DJ PEROLI
Autor – ROGER MORAISQuando o assunto é
Grime no Brasil, nós da
RAPGOL Magazine acreditamos que o nome de DJ
Peroli é um daqueles que não pode ser deixado de fora. Desde 2018 a artista vem colhendo frutos que são consequência de um trabalho dedicado dentro de um gênero musical que a cada dia vem conquistando adeptos no país.Cria de São Bernardo do Campo, cidade do ABC paulista, a artista demonstra possuir uma versatilidade que foge das arestas da música em si. É também influenciadora e professora de Inglês.Com relação a sua correria, Peroli já possui bagagem de gente grande, visto já ter sido e ser hoje DJ residente em diversas festas conhecidas no cenário underground e por quem acompanha as constantes mudanças dentro da cultura de rua. Algumas delas são a
Perifa No Toque, a
Side Grime e o Projeto
Grime no CCSP, ao lado de diversos artistas renomados no gênero musical,
além de atuar como ponte entre artistas do Brasil e do Reino Unido, como no recém-lançado single intitulado
Line ‘Em Up de nineteen97 e SD9.Nesse sentido, a
RAPGOL Magazine teve a oportunidade de bater um papo com
Peroli. Em entrevista exclusiva, a mesma fala brevemente sobre seu início de carreira, suas referências dentro da música, seus atuais trabalhos e futuros projetos, além de traçar um panorama sobre o atual momento do Grime no Brasil. Acompanhe abaixo.
RAPGOL Magazine – É um enorme prazer para nós poder ter essa conversa contigo. Conta para aqueles que ainda não lhe conhecem quem é a Peroli e de onde ela veio…Peroli –
Peroli virou uma marca com diversos serviços e DJ é um deles. Uma personalidade, figura pública, que virou entidade na boca do povo, o que me assusta um pouco.Mas ela se converge com a Thawany o tempo todo, pois sempre levo tudo muito a sério, principalmente quando o assunto é trabalho.E na verdade não é tão separado assim na minha cabeça. O nome artístico vem pela dificuldade que a galera tem de escrever meu nome. Sou de São Bernardo no ABC e atualmente moro há alguns anos na Zona Sul de São Paulo.RAPGOL Magazine – A partir de quando você deu início em sua trajetória profissional na música e como foi esse começo para você?Peroli –
Como DJ toco desde 2018, mas acredito que a minha carreira como influenciadora começou desde sempre. Sou a filha mais velha, tenho mais 3 irmãs e sempre precisei ser o exemplo pra elas, ou seja, sempre precisei ser uma boa influência. Mas mesmo com toda a cobrança isso partiu muito natural de mim desde criança.RAPGOL Magazine – Quais foram ou continuam sendo os principais obstáculos enfrentados como profissional até aqui, no seu ponto de vista?Peroli –
Acredito que o maior obstáculo pra mim seja ter nascido no Brasil. E não é por síndrome de vira lata ou nada do tipo, mas sim por conta da valorização do artista criativo como um todo.Sempre enxerguei com bons olhos o mercado internacional, que é onde eu tenho mirado há muito tempo voltando todas as minhas energias pra esse objetivo.RAPGOL Magazine – Quais são as suas maiores referências musicais?Peroli –
Tenho muita admiração pelo Anderson .Paak por toda a sua trajetória, gosto muito da Amy Winehouse também, e pra mim ela sempre estará viva através da sua arte.E é meio dificil eu escolher porque eu acabou pegando um pouquinho de cada. Referência de DJ eu gosto muito do DJ Marky e como ele pavimento o caminho pra toda uma geração e se consolidou fora do país também.RAPGOL Magazine – Com quais gêneros musicais você mais gosta de trabalhar nos seus sets?Peroli –
Grime foi o que me apresentou pro mundo né, e eu tenho um carinho enorme pelo gênero. Ultimamente tenho gostado muito de pesquisar sobre Amapiano e o Gqom também. Mas tudo o que envolve a cultura UK tem muito a minha atenção.Talento de sobra no Grime
RAPGOL Magazine – Acompanhamos diversos trabalhos seus, em conjunto com outros artistas renomados no cenário underground. Qual ou quais foram para você os mais gratificantes até aqui?Peroli –
Recentemente eu fiz a conexão entre o SD9 e o nineteen97 da faixa Line ’em UP, foi um trampo junto a On Retainer Agency e B83 Group de Birmingham (Reino Unido), que pra mim foi extramamente gratificante pode fazer acontecer. Além disso eu já dividi line com praticamente todos os DJs e produtores que admiro daqui, mas um ponto alto foi quando fui convidada a tocar na Colab 011 que é uma festa que eu sempre curti.RAPGOL Magazine – Tem ideia de quantos projetos você já participou ou integrou ao todo?Peroli –
Nossa, eu perdi as contas… Acho que vale uma olhadinha no meu Linktree, mas só de sets gravados no meu mixcloud eu contei 22. É muita coisa, mas quando eu tô no corre assim, acabo nem assimilando.RAPGOL Magazine – Como você enxerga a ascensão do Grime nos últimos anos no Brasil?Peroli –
Tenho visto muita evolução no ecossistema o que é maravilhosa pra uma nova cena se fomentar tanto de MCs quanto produtores, já temos um time legal aqui.RAPGOL Magazine – Você é admiradora de futebol e de camisas de time? Quais são suas três prediletas?Peroli –
As minhas duas da Coreia do Sul de 2020 sem dúvidas, e a da Nigéria do mesmo ano. Camisas de seleções tem o seu charme, né?RAPGOL Magazine – Como tem sido para você com todos os trabalhos e projetos em meio a uma pandemia que vem assolando nossa sociedade?Peroli –
Por incrível que pareça, eu não parei em nenhum momento. Eu achei que por não termos festas a coisa ia ficar ruim pro meu lado, mas foi totalmente o contrário disso. Consegui me movimentar e conectar com pessoas fora daqui, e em 2021 quando as coisas voltaram eu fui lembrada e de setembro a dezembro eu fiz muita festa, evento de marca, foto, e tudo isso foi fruto dos meu movimentos antes desse período. Então, eu me considero super privilegiada nesse ponto.RAPGOL Magazine – Como estão os trabalhos e projetos? Pode adiantar alguma novidade que será lançada ainda neste semestre?Peroli –
Bom, pra esse 2022 eu tenho um planejamento de reduzir um pouco o ritmo como DJ, focando nos trampos de conexão que eu tenho feito com os artistas daqui em conjunto aos do Reino Unido. Pavimentando o meu caminho pra uma produção executiva, quem sabe? E mesmo não deixando de tocar eu tenho o programa na Rádio Veneno que se chama No Reloads, que eu comecei finalzinho do ano passado com atrações internacionais, e para além disso, continuo na projeção da minha carreira lá pra terra da rainha. Esse ano a Euro Tour VEM!RAPGOL Magazine – Qual a mensagem que você gostaria de deixar para o pessoal?Peroli –
Me sigam nas redes, me chamem pra trabalhar com vocês! Não dêem ibope pra pessoas estúpidas, façam a sua própria pesquisa sobre os assuntos que te interessam, não se envolvam em buxixo e BEBEAM ÁGUA!