D’Ogum lança o novo e ousado álbum “Feito de Funk”

D’Ogum lança o novo e ousado álbum “Feito de Funk”
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D’Ogum, é um multiartista que atua como rapper, empreendedor, diretor de cinema e roteirista.

Ele lançou um trabalho ousado nesta sexta-feira, intitulado de “Feito de Funk”, seu novo disco, absorve da formação histórica do gênero. O projeto foi idealizado ainda em 2019 e conta com a maturação do tempo para dar o arremate de toda a narrativa protagonista. 

“É descobrir aquilo que sou antes daquilo que eles me condicionaram a ser. É assim que desejo construir uma nova vida. Ser feito de funk é ter malemolência, é ter cabeça erguida, swing, malícia, malandragem. É papo reto, disposição, autoestima… É saber de onde você veio, onde você vai e principalmente onde você precisa estar”

 

Abrindo caminhos entre passado, presente e futuro, o cantor fala sobre seus ancestrais, sobre a cena e sobre o ser-estar dos seus iguais ao redor do mundo. A inventividade, considera ele, é a principal característica deste novo registro de estúdio.

“Essa é, na verdade, uma qualidade da exuberante força do povo negro ao longo da história da humanidade e, pense bem, somos os inventores de quase tudo! O processo inventivo de realizar o impossível está presente na difusão do funk nas periferias brasileiras; e seu impacto na vida de pessoas racializadas foi notório e gera frutos até hoje de forma contínua. A partir da chegada desse ritmo, muitas pessoas passaram a se reconectar consigo próprias, a fortalecer suas identidades de forma consciente e politizada; criaram independência financeira através de negócios autônomos com as realizações dos bailes, além de absorver com veemência os inúmeros elementos e conteúdos da vasta cultura africana através do balancê dos corpos suados e dos sorrisos largos em todos os cantos do Brasil que se inflamou com aquele tal de Movimento Black Rio. Um novo mundo de possibilidades para além do que o mundo branco impunha se apresentava”.

 
São 5 faixas ao todo, conduzidas pela funk music e por suas subvertentes – fazendo conversar a contemporaneidade até com os primórdios do gênero aqui no Brasil, nos idos anos 1970. Mesmo que haja diálogos com outros tempos, tudo foi pensado para soar o mais atual possível, de um jeito em que o artista se visse completamente ali e a obra se tornasse inconfundível.

Posted in RAP