A última quinta-feira (19) marcou o lançamento do novo single de Igão, intitulado “X6”. Como era de se esperar, o rap despertou uma variedade de opiniões, dividindo o público em elogios e críticas. Isto é normal, válido e até compreensivo. Neste editorial quero falar sobre a “Crítica Destrutiva”.
Infelizmente, esse tipo de reação não é exclusivo do mundo da música; é um reflexo de uma tendência crescente de críticas destrutivas e desencorajadoras em relação àqueles que ousam buscar novos caminhos e explorar diferentes áreas.
Em tempos atuais, a corrida para conquistar um público muitas vezes se sobrepõe à excelência em uma determinada área. Muitos se esquecem de que, antes de se tornar um mestre em algo, é preciso conquistar uma base de apoiadores e fãs. É um jogo complexo, onde a visibilidade e a popularidade podem abrir portas para diversos campos, seja como rapper, apresentador, ator ou em qualquer outra área onde você consiga desempenhar o seu papel com habilidade. E é nesse ponto que as críticas frequentemente aparecem.
Igão, é um cara que não nasceu em berço de ouro, cresceu na periferia de Osasco e já conquistou um público sólido com seu podcast “PodPah”, é extremamente compreensível ver um jovem da periferia buscar outros caminhos após ter as portas abertas por méritos próprios. Esta é a essência de qualquer forma de expressão artística – a paixão e o amor pelo que se faz. É importante lembrar que a arte é subjetiva e pessoal, e cada artista tem o direito de explorar diferentes formas de expressão sem ser alvo de julgamentos cruéis.
É desanimador ver como algumas pessoas se sentem à vontade para criticar e menosprezar o esforço e a dedicação de indivíduos que buscam novos desafios. É um lembrete de que precisamos incentivar a criatividade e a exploração, em vez de sufocá-las com críticas infundadas.
Portanto, ao invés de depreciar aqueles que estão trilhando novos caminhos, deveríamos apoiá-los em suas jornadas. As críticas construtivas são bem-vindas e podem ajudar a aprimorar o trabalho de alguém, mas as críticas destrutivas não têm lugar em uma sociedade que valoriza a liberdade criativa. Como Igão declarou: “…essa é a vida de um moleque sonhador e infelizmente sem estrutura. Hoje, tudo que eu consigo fazer, vocês se mordem”. Em vez de repreender, devemos aplaudir os sonhadores que estão dispostos a se aventurar em territórios desconhecidos. Afinal, é através da exploração que a inovação e a evolução ocorrem.