Rimas das sombras: Grone conversa com a Rapgol Magazine e fala sobre sua carreira e seu gosto pelo futebol

Rimas das sombras: Grone conversa com a Rapgol Magazine e fala sobre sua carreira e seu gosto pelo futebol

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Rimas das sombras

Autor – Roger Morais



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GRONE

Grone é um MC carioca, cria da zona norte da cidade. É um dos integrantes da TBC Mob, coletivo do subúrbio que reúne outros artistas conhecidos no meio.

Seus trabalhos são conhecidos pelas suas letras bem claras e diretas, no que diz respeito a realidade de quem vive o dia-a-dia de quem não é visto ou é ignorado pelos holofotes e pela grande mídia.

Há alguns anos, o artista vem demonstrando sua força e presença, com trabalhos que unem a sonoridade e a mensagem de qualidade. Exemplos são as faixas “AK 47” e a sua mais recente, intitulada “PAPO DE OPERA”.

RAPGOL – É uma enorme satisfação poder ter essa conversa com você. Conta pra quem não conhece ainda quem é o Grone e de onde ele vem.

Grone – Grone é um artista que canta nas suas letras a realidade das comunidades do Rio de Janeiro. Sou nascido e criado na Nova Holanda, mas fui morar no início da adolescência na Penha.

RAPGOL – Como foi seu início na música?

Grone – Em 2013, com “Batalha dos Crias” logo depois que sai do quartel. Eu tinha um PC e um microfone e gravei em casa. O amigo que faz meus clipes hoje em dia filmou com o celular e soltamos no YouTube… (risos)

Mas oficialmente foi em 2015, com o Fvlvnge, grupo que tive com meu mano SD9. 

RAPGOL – Quais são as suas grandes referências musicais?

Grone – Freddie GibbsHeadie OneDutchavelli, MV Bill e Mano Brown.

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RAPGOL – Você é um dos integrantes da TBC Mob. Como é o convívio com os demais membros do coletivo?

Grone – São meus irmãos, do convívio do dia-a-dia mesmo. TBC vai muito além de música.

RAPGOL – Como e quando foi produzido o seu primeiro trabalho?

Grone – Então, oficialmente foi com o grupo Fvlvnge. Foi o single “Perfect”, lançado em 2017. Produzido pelo Villar, que além de ser o DJ do grupo, era quem produzia as paradas.

RAPGOL – Quais foram os seus maiores obstáculos no início de sua carreira como músico?

Grone – Sem dúvida o dinheiro, em resumo. Quando eu soltei minha primeira música feita, quem foi a batalha dos cria, em 2013, foi o ano que eu tive meu primeiro filho. Então tive que fazer a escolha e dar um tempo na música.

“TBC vai muito além de música”

RAPGOL – Quando foi que você conheceu o universo do Grime e do Drill? 

Grone – Através do SD9. Desde antes de soltar a Badboy, ele já consumia. E sempre botou essa pilha em mim, de fazer drill.

RAPGOL – E como você enxerga esse cenário musical atual?

Grone – Em crescente! Tem muito artista talentoso aí, que só precisa de um pouco mais de atenção. A cena deu uma inovada de um tempo pra cá e vejo que as portas estão se abrindo.

RAPGOL – Poderia citar três artistas dessa galera nova que, ao seu ver, merecem destaque?

Grone – Todos da TBC.

RAPGOL – Você vê que essas novas culturas que vão surgindo das ruas podem servir de instrumento de promoção social, especialmente para a galera que vive nas perifierias e favelas? 

Grone – Sim, eu vejo como mais um meio de comunicação. Não importa a “batida”. Importa estar botando voz!  Principalmente quem vem de periferia, que tem muita coisa pra falar e precisa ser ouvido.

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RAPGOL – Mudando um pouco o rumo do assunto, gostaria de falar sobre seu gosto por futebol. Conta pra gente primeiro qual o seu time de coração e o motivo que levou a essa escolha…

Grone – Sou Vasco! Vem de berço. A culpa é do meu pai… (risos) O incentivo vem dele desde menor.

RAPGOL – Quais são os seus três jogadores prediletos?

Grone – Do Vasco: Edmundo, Juninho e Felipe.  No geral: Ronaldinho Gaúcho, Messi e Rivaldo.

RAPGOL – As suas três camisas de time favoritas.

Grone – Vasco 97/98, Barcelona 2006 e Inter de Milão 2005.

RAPGOL – Um momento do futebol que você jamais vai esquecer na sua vida.

Grone – Tem dois. A Libertadores do Vasco em 98, e a Copa do Mundo de 2002.

RAPGOL – Copa de 2022. O Brasil leva o hexa?

Grone – Leva mermo… (risos)

RAPGOL – Você acaba de lançar a faixa “PAPO DE OPERA”. Qual o propósito da mensagem desse novo trabalho?

Grone – Expor a realidade da comunidade mesmo. Parece clichê mas é o papo reto. Mostrar o que a mídia não conta, o que só o morador sabe, só quem tá no dia a dia.

RAPGOL – Sabemos que vem por aí trabalhos em parceria com grandes artistas da cena. Pode nos adiantar alguma coisa em primeira mão? Acreditamos que os fãs merecem… (risos)

Grone – Tem vários mesmo, 40°.40 deluxe tá coisa de louco! (risos). Acho que esse vai parar tudo. Mas tem outros trabalhos pra sair também, tem com VNDBig BllakkOrochiPutodiparis… tem uma rapaziada boa.

RAPGOL – Qual a mensagem que você gostaria de deixar para a galera?

Grone – Maior satisfação que tem uma galera curtindo o trampo. Que a rapaziada continue acompanhando, tem muita coisa pra sair, muita verdade pra ser dita!

Sem sombra de dúvidas, vemos que Grone é um artista em ascensão, sem medo de dizer, pois traz em si toda uma originalidade ao propor ao ouvinte um reflexo difícil, complicado.

Sua mais recente aparição está no trabalho em conjunto realizado com Big Bllakk e Pedro Apoema, no lançamento de “Bota a cara no beco”, parte integrante do novo EP de Bllakk.




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Jornalista, nascido no Centro do Rio em 1990. Já passou por veículos de comunicação impressa e também pelo rádio.

Torcedor do Grêmio, amante do futebol latino-americano e inglês.

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