FA proíbe atletas trans em competições femininas na Inglaterra

FA proíbe atletas trans em competições femininas na Inglaterra

Gostou? Compartilhe

Decisão segue diretriz da Suprema Corte e entra em vigor em 1º de junho

A Football Association (FA) anunciou que mulheres transgênero não poderão mais participar de competições femininas em qualquer nível do futebol na Inglaterra. A decisão começa a valer em 1º de junho e se baseia em uma recente decisão da Suprema Corte do Reino Unido, que definiu “mulher” legalmente com base no sexo biológico.

Anteriormente, a FA havia revisado sua política de inclusão em abril, propondo critérios mais restritivos de elegibilidade. No entanto, com a nova interpretação jurídica, essa abordagem foi descartada, resultando em uma proibição total.

Medida segue movimento iniciado pela federação escocesa

A decisão da FA vem logo após a Federação Escocesa de Futebol anunciar uma medida semelhante. A FIFA, por sua vez, ainda está conduzindo uma revisão de três anos sobre políticas de elegibilidade para atletas trans, sem definição oficial até o momento.

A restrição afeta um número reduzido de atletas. Estima-se que cerca de 30 mulheres trans participem de ligas de base na Inglaterra, com nenhuma jogadora transgênero registrada em ligas profissionais.

Debate sobre inclusão e visibilidade no esporte

A medida levanta discussões sobre inclusão no futebol, especialmente considerando a baixa visibilidade de atletas trans no esporte. Críticos apontam que a decisão da FA pode marginalizar ainda mais uma comunidade já sub-representada, retirando seu acesso ao esporte em ambientes considerados seguros e acolhedores.

Não foram anunciadas alternativas claras para a permanência dessas atletas no sistema atual. O debate permanece aberto, enquanto outras entidades esportivas observam os desdobramentos da decisão no Reino Unido.