Em uma noite que ficará gravada na memória de todos que tiveram a oportunidade de testemunhá-la, a Praça da Apoteose se transformou em um cenário único, onde o pulsar da cultura das periferias brasileiras ecoou com uma intensidade avassaladora. No dia 16 de setembro, o “Faixa Preta Festival” fez história em sua segunda edição, redefinindo não apenas o panorama dos eventos culturais, mas também o papel das periferias na construção da identidade brasileira. A Rapgol Magazine esteve presente no evento e cobriu com vídeos e fotos o palco principal e também o palco Grime & Drill.
As fotos são do fotógrafo Gabriel Malheiros e os vídeos foram feitos por CRIAA e Roger Morais
A Magia do “Faixa Preta Festival”
O “Faixa Preta Festival” é mais do que um evento; é um movimento. É a celebração da autenticidade e da potência das periferias, uma demonstração de que a cultura que brota das comunidades marginalizadas é uma força a ser reconhecida. A revolução cultural que o festival desencadeia é palpável, e sua essência vai muito além das músicas e das batidas.
O termo “faixa” é a espinha dorsal deste festival, representando a proximidade, a confiança e a excelência. Quando você adentra o mundo do Faixa Preta, é como se entrasse em uma comunidade unida por laços inquebráveis, onde o talento e a criatividade são celebrados. É nesse espírito que mais de 40 atrações subiram aos dois palcos do festival, levando os presentes a uma viagem sonora que misturava o baile funk, o rap, o trap e muito mais.
Estrelas Sob o Céu Periférico
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O palco estava pronto, a multidão em êxtase e as estrelas da noite brilhavam intensamente. Um dos nomes mais esperados da música brasileira, Djonga, liderou o show com suas rimas afiadas e letras que ecoaram como um grito de liberdade. Mas ele não estava sozinho. Abronca, Major RD, MV Bill, MC Luanna, Maneirinho, VND, Thai Flow, SD9, Puterrier, Shury, Sant, Oruam, Slipmami, Febem, Big Bllakk, Btrem, Leall, Derxan, Tokio DK, Ebony, ADL, Raffé, TZ da Coronel, Tasha e Tracie, Brasil Grime Show, Lizzie e outros se revezaram no palco, mostrando o leque diversificado de talentos que emergem das periferias.
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Cada artista trouxe sua própria história, sua própria perspectiva e sua própria paixão para o palco. As músicas não eram apenas canções, mas manifestações de experiências de vida, reflexões sobre a realidade das favelas e um grito por justiça social. O público, formado por pessoas de todas as origens, foi transportado para um lugar onde a música não conhece barreiras, onde as diferenças se dissolvem na batida pulsante e onde a unidade é celebrada.
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Mais que Música: Uma Jornada Pelas Artes Periféricas
Enquanto as batidas envolviam a multidão, outros aspectos das periferias também tiveram seu momento de destaque no festival. O campeonato de skate reuniu alguns dos melhores skatistas das comunidades, que desafiaram a gravidade na mini rampa com manobras ousadas e emocionantes. Uma exposição de arte revelou o talento vibrante que brota das favelas, com obras que transmitiam mensagens profundas e provocadoras.
A tecnologia também desempenhou um papel importante no Faixa Preta Festival. Os E-Games conquistaram o público, com um espaço dedicado aos jogos como FIFA e etc..
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A Revolução Estética das Periferias
Mais do que uma simples celebração, o Faixa Preta Festival é um movimento que visa dar visibilidade e força à verdadeira estética da cultura periférica. Durante anos, essa estética foi marginalizada e estereotipada, mas o festival está mudando essa narrativa. Ele está mostrando ao mundo que a autenticidade e a criatividade não conhecem fronteiras geográficas.
Os artistas e criadores de conteúdo que emergiram das favelas estão se tornando embaixadores culturais, transmitindo mensagens de resiliência e esperança. O Faixa Preta Festival é um farol que ilumina não apenas a Praça da Apoteose, mas todo o Brasil, lembrando a todos que a potência das periferias brilha intensamente.
A Comunidade por Trás do Festival
Por trás do sucesso do Faixa Preta Festival está uma comunidade unida por uma visão compartilhada. Organizadores, artistas, voluntários e apoiadores dedicaram tempo e esforço incansáveis para tornar este evento possível. A paixão que eles têm pela cultura das periferias é evidente em cada detalhe do festival.
Além disso, o Faixa Preta Festival não é apenas um evento de um dia. Ele é parte de um movimento contínuo que busca empoderar as comunidades periféricas, fornecendo oportunidades e recursos para que talentos locais prosperem. O impacto do festival se estende muito além das fronteiras da Praça da Apoteose.
Uma Noite que Mudou Tudo
À medida que as luzes do palco se apagavam e o último acorde ecoava no ar, ficou claro que o Faixa Preta Festival não era apenas mais um evento cultural, mas uma revolução que havia mudado a narrativa das periferias. As vozes silenciadas por tanto tempo agora eram ouvidas em alto e bom som, as histórias esquecidas eram contadas e as periferias se tornavam protagonistas de sua própria história.
O Faixa Preta Festival provou que a cultura periférica não é uma subcultura, mas a essência da cultura brasileira. Ela não deve ser marginalizada, mas celebrada e amplificada. As periferias têm muito a oferecer, e o festival abriu os olhos de todos para essa riqueza de talento e criatividade.
O Futuro Brilha Mais Forte
À medida que o Faixa Preta Festival encerra mais um capítulo de sua história, uma coisa é certa: o futuro das periferias brasileiras brilha mais forte do que nunca. Este movimento cultural está ganhando impulso, e a próxima edição do festival já está sendo aguardada com grande expectativa.
O Faixa Preta Festival não é apenas uma celebração anual; é uma promessa de que as periferias continuarão a se elevar, a inovar e a inspirar. É uma promessa de que a autenticidade e a criatividade sempre terão um lugar de destaque no coração do Brasil.
À medida que as luzes da Praça da Apoteose se apagavam e a multidão se dispersava, uma sensação de esperança pairava no ar. O Faixa Preta Festival não é apenas um evento; é um movimento que está moldando o futuro do país. Uma revolução cultural que está apenas começando.