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Futebol Feminino Brasileiro terá Mundial de Clubes e Recorde de Investimentos na Temporada 2026

por CRIAA · 30 de dezembro de 2025

O futebol feminino brasileiro entra em 2026 com um cronograma que reflete o crescimento exponencial da modalidade nos últimos anos. A temporada, que terá início oficial no dia 28 de janeiro, promete ser a mais intensa e lucrativa já registrada, unindo a estreia de torneios globais inéditos a um fortalecimento sem precedentes das competições nacionais. O grande marco deste novo ciclo é a realização da primeira edição do Mundial de Clubes Feminino organizado pela FIFA, que contará com o Corinthians como o representante do Brasil e da América do Sul no cenário internacional.

Este novo panorama está diretamente ligado ao plano estratégico divulgado pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para o quadriênio 2026-2029. A entidade não apenas reorganizou as datas para evitar conflitos com o calendário internacional, mas também anunciou um pacote de medidas que inclui 100% de transmissão dos jogos e um aumento significativo nas cotas repassadas aos clubes, garantindo sustentabilidade financeira para as três divisões do Campeonato Brasileiro.

O Desafio Global: Corinthians no Mundial de Clubes

A abertura do calendário no final de janeiro com o Mundial de Clubes da FIFA coloca o Brasil no epicentro do futebol global logo no início do ano. O Corinthians, atual força dominante no continente, terá a oportunidade de medir forças com as potências da Europa e da América do Norte. A competição é vista como o teste definitivo para o nível técnico das equipes brasileiras, servindo como uma vitrine para atletas e patrocinadores que buscam associação com o topo da pirâmide esportiva.

A participação das Brabas no Mundial antecipa um ano onde o intercâmbio internacional será constante. Além do torneio da FIFA, o Corinthians, o Cruzeiro e o Palmeiras já possuem passaportes carimbados para a Copa Libertadores Feminina, mantendo o Brasil como o país a ser batido na América do Sul.

Duelo de Gigantes: A Supercopa Feminina em Fevereiro

Logo após o encerramento do Mundial, o foco volta para o território nacional com a decisão da Supercopa Feminina. No dia 8 de fevereiro, em jogo único, Corinthians e Palmeiras reeditarão o Derby Paulista para decidir quem leva o primeiro troféu doméstico do ano. O confronto coloca frente a frente as campeãs do Brasileirão e da Copa do Brasil de 2025, respectivamente.

A Supercopa consolidou-se como um evento estratégico para o engajamento de torcidas no início da temporada, atraindo grandes audiências e servindo como termômetro para as Séries A1, A2 e A3 do Campeonato Brasileiro, que seguirão ao longo do ano. O aumento do interesse comercial nestes clássicos é o que tem permitido que os clubes invistam em contratações de impacto e em estruturas de treinamento exclusivas para as categorias femininas.

Sustentabilidade e Visibilidade: O Compromisso da CBF

O anúncio da CBF sobre o calendário 2026-2029 trouxe alívio para gestores e investidores. A garantia de que todas as partidas terão transmissão oficial resolve um dos maiores gargalos da modalidade: a dificuldade de exposição para as marcas parceiras. Com mais telas exibindo o futebol feminino, o potencial de arrecadação com patrocínios aumenta, permitindo que times de menor investimento na Série A3, por exemplo, consigam profissionalizar seus departamentos.

As cotas de participação e premiação também foram reajustadas para cima, refletindo o novo contrato de direitos de transmissão e o interesse das plataformas de streaming e TV aberta. Essa injeção de capital é fundamental para manter os talentos no Brasil, evitando uma “fuga de cérebros” precoce para mercados secundários do exterior.

O Futuro é Agora

A temporada de 2026 será o teste de fogo para a maturidade do futebol feminino no Brasil. Com competições estaduais robustas, uma Copa do Brasil fortalecida e o calendário nacional ocupando quase todos os meses do ano, as atletas terão a minutagem necessária para manter o alto nível exigido pela Seleção Brasileira, que também terá compromissos importantes visando o ciclo da Copa do Mundo de 2027.

O engajamento das torcidas, a profissionalização das gestões e o apoio incondicional das entidades reguladoras mostram que o futebol feminino deixou de ser uma promessa para se tornar uma realidade econômica e cultural. Em 2026, as mulheres não estarão apenas ocupando o campo; elas estarão ditando o ritmo do esporte brasileiro.

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