Gigantes Festival é sucesso e reforça o seu espaço no calendário cultural do Rio

Gigantes Festival é sucesso e reforça o seu espaço no calendário cultural do Rio

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O Gigantes Festival mostrou que a combinação entre boa música, estrutura organizada e ações especiais pode criar experiências marcantes no cenário cultural carioca. Realizado neste sábado (26), no Rio de Janeiro, o evento reuniu nomes importantes da música nacional e entregou um dia de muita diversão, arte e encontros para milhares de pessoas.

O Gigantes Festival contou com um grupo diverso de artistas que representam diferentes forças do rap e da música urbana. BK’, Abebe Bikila apresentou seu projeto DLRE, misturando novas propostas sonoras a sua já conhecida habilidade lírica. Black Alien trouxe a celebração dos 20 anos do álbum “Babylon By Gus”, um trabalho importante para sua trajetória. Djonga, Ebony, Febem x Sain (Highboyz), e MC Luanna contribuíram com shows que dialogam com diferentes momentos e estilos do rap atual. As apresentações de FYE e Lis MC também reforçaram a presença de novas vozes na cena. Nos intervalos e entre as performances, as DJs Aisha e Yaminah, além de MSE e Pauly, criaram ambientes sonoros que mantiveram a energia e a diversidade do evento.

Um dos pontos de destaque foi a Loja Gigantes, que montou uma pop-up exclusiva dentro do evento. Lá, o público teve acesso a uma linha de produtos que incluía camisas, bonés, pôsteres, chaveiros e outros itens especiais. Os produtos celebravam o conceito do festival, com identidade visual bem trabalhada e inspirada na estética urbana carioca. A loja se mostrou uma parada obrigatória para quem queria levar um pedaço do festival para casa, movimentando o público entre os intervalos dos shows.

BK’ celebra o sucesso do Gigantes Festival

Após o encerramento do evento, BK’ estava visivelmente feliz e realizado com o Gigantes Festival. Ele agradeceu a presença de todos, a energia do público e o esforço de cada profissional envolvido na produção do evento. BK’ também reforçou que o Gigantes é fruto de sonho coletivo, pensado para valorizar artistas que representam as vozes e realidades das ruas.

Conexão com o público e o desafio da volta para casa

O término do festival, por volta das 2h da manhã, foi comemorado por uma parte do público que aproveitou cada minuto da programação. No entanto, para quem mora em bairros mais distantes da cidade, como Zona Norte e Zona Oeste, a volta para casa acabou sendo um desafio. Com a escassez de transporte público nesse horário, muitos precisaram aguardar por opções limitadas de ônibus, enfrentar filas por aplicativos de transporte ou dividir corridas alternativas.

Esse é um ponto de atenção que poderá ser aprimorado em futuras edições.

Gigantes no calendário do Rio?

Não querendo colocar um peso nas costas da organização, mas a proposta de reunir artistas da cultura hip-hop, do trap e do funk, com estrutura de qualidade, mostra que o evento encontrou uma identidade própria.

A pluralidade de estilos, a celebração de talentos de diversas gerações e o ambiente pensado para acolher o público são pilares que fortalecem a perspectiva de crescimento do festival nos próximos anos.

Além do aspecto musical, o Gigantes Festival também deixa marcas importantes: fomenta o comércio local, movimenta a cena artística e amplia as possibilidades de circulação de cultura na cidade. Em um contexto onde eventos de rua nem sempre têm espaço ou investimento necessário, o festival surge como uma resposta positiva e necessária.

Ainda há ajustes a fazer, como alguns pontos da infra e pensar na logística de retorno para o público de bairros distantes, a essência do festival já mostra que veio para ficar — trazendo música, cultura de rua e sentimento de pertencimento para quem vive e respira o Rio de Janeiro.