O Beat boxer disse que era necessário “…conhecer os dois lados da história antes de julgar qualquer situação…”
Na última quinta-feira (19) o Brasil viu quase que ao vivo mais um homem negro (João Alberto) ser assassinado por seguranças do supermercado da rede Carrefour. O crime que revoltou muitas pessoas, acabou sendo minimizado por inúmeras outras que utilizaram o passado do homem, com a desculpa “Tem que ver os dois lados”.
Uma destas pessoas foi o ex-integrante do Z’África Brasil, Fernandinho Beat Box. Nós do Rapgol tomamos conhecimento das postagens publicadas em uma rede social e posteriormente apagadas.
Em uma série de postagens no twitter, o grupo Z’África Brasil se manifestou sobre o ocorrido. Toda prosperidade ao Z’África que ao longo dos anos se manteve ao lado do povo periférico.
Nós do grupo Z’África Brasil não concordamos com o posicionamento do antigo integrante, somos contra a qualquer tipo de discriminação, preconceito e contra os racistas e o sistema racista que impera em nosso país, fogo neles, não passaram. Nosso país é racista sim.
...Só não vê quem não quer, nossas condolências pelas famílias que sofrem isso na pele, o que aconteceu na véspera do dia da consciência Preta em plena a pandemia de 2020 no supermercado no rio grande do sul não foi a primeira vez, não temos quer ver os dois lados.
Só existe um caminho nesse episódio, onde os nossos são assassinados diariamente nessa falsa democracia disfarçada, nessa república das milícias, onde religiosos lavam dinheiro as custas do povo e da nova ditadura militar em busca do poder e do dinheiro.
jamais deixaremos nossa identidade, nossa ancestralidade, nossa tradição africana e indígena nas mãos de colonizadores hereditários que querem apagar nossa cultura, nossa existência, tentaram a mais de 500 anos e não vão conseguir…
Decolonizar mentes aprisionadas, libertar mesmo que nao saibam que são escravizados, a luta continua. @zafricabrasil
Criaa da Zona Oeste do RJ.
Comunicador, fotógrafo, colecionador de camisas de times e camisa 8 no time da pelada.
Trabalhando com notícias e informações desde 2002.
