Chegou as plataformas digitais nesta sexta-feira(18) o EP “Onde os passarinhos se calam”, este é o primeiro projeto do rapper Hashi e conta com as participações de Teaga, Sedafotech, Dapaz, Xaga e Black. As produções ficaram na responsabilidade de Jogzz, Yan Souza, Tio Thulio e Livera.
A sensacional arte da capa e contra capa foi produzida pelo Tales Quirino e tem a produção executiva da FED Ent.
Conversamos com o Hashi para entender suas origens, a maneira que o rap vem moldando o seu trabalho e também sobre o processo criativo deste primeiro EP.
RAPGOL MAGAZINE – Fale um pouco sobre o Hashi, suas origens e como você descobriu o Rap?
HASHI – Sou o Hashi, tenho 20 anos e sou de Mesquita, Baixada Fluminense, Rj. Eu ouço rap desde menor, meu primeiro contato foi na minha rua mesmo, tem um bar lá e eu ouvia Racionais todo dia querendo ou não(risos) me interessei daí, depois conheci o trampo do Emicida e me apaixonei de vez pelo rap.
Eu descobri que dava para fazer umas rimas, quando passei a frequentar as rodas culturais, elas foram essenciais na minha adolescência até para me afastar do crime que naquela época tinha muito amigo meu seguindo o caminho errado. O rapper TEAGA foi essencial nessa época, eu tinha sei lá, 14 anos e tava perdido. Depois disso eu criei um grupo com o CORAGE (que é meu irmão que tá preso) que se chama ARTIGO 12 Voces ainda irão ouvir falar muito esse nome! Depois que meu irmão foi preso, eu fiquei um ano parado sem fazer rap e fiquei sem perspectiva nenhuma de viver disso, quando eu voltei com prévia eu postei algumas letras que eu tinha antes dessa pausa e deu uma repercussão maneira, ai que eu vi que era isso, e ponto. O BLACK foi um anjo na minha vida, um rt dele em um vídeo meu e tudo mudou. Eu já era muito fã dele e hoje sou o dobro, sem palavras pra esse moleque.
RAPGOL MAGAZINE – Quais são as suas referências dentro da música?
HASHI – Quase todas minhas referências vem de dentro do rap nacional e principalmente da minha área, CORAGE, BLACK, TEAGA, MAZIM e mais alguns que eu não vou conseguir listar aqui.
Sempre foi mais real pra mim ouvir um cria da minha área, cantando o que eu realmente vejo do que ouvir um gringo ou um playboy que não vive minha realidade.
RAPGOL MAGAZINE – Como foi a construção deste EP, demorou quanto tempo?
HASHI – Tem versos neste EP que eu escrevi há 3 anos, tem versos que eu escrevi há um mês, mas a decisão de fazer o EP até o lançamento demorou uns 9 meses. Quase um filho (risos). Eu só tenho que agradecer aos envolvidos que fizeram o bagulho acontecer.
Criaa da Zona Oeste do RJ.
Comunicador, fotógrafo, colecionador de camisas de times e camisa 8 no time da pelada.
Trabalhando com notícias e informações desde 2002.
