Está difícil: O impacto da IA Generativa do Google no Tráfego de Conteúdo Online

🔍 O início de uma nova era nas buscas

A chegada da IA Generativa do Google com recursos como o Search Generative Experience (SGE) e os AI Overviews está mudando drasticamente a forma como os usuários consomem informações online. Estudos mostram que, quando há resumos de IA no topo da página, a taxa de cliques em links tradicionais cai quase pela metade. Para editores digitais, isso representa perda de audiência e de receita.

Segundo o Pew Research Center, usuários clicavam em resultados 15% das vezes em buscas tradicionais, mas apenas 8% quando um resumo de IA era exibido. O que parecia conveniência para o público se tornou um problema para a sobrevivência do jornalismo digital.

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📉 Queda no tráfego orgânico

Dados recentes mostram uma tendência alarmante: o tráfego de busca orgânica caiu 55% entre abril de 2022 e abril de 2025 (SimilarWeb). Nos EUA, em apenas um ano, as visitas mensais a partir de pesquisas diminuíram de 2,3 bilhões para 1,8 bilhão, uma redução de 22%.

A explicação é clara: os resumos de IA aparecem no topo, empurram links para baixo da dobra e muitas vezes já satisfazem a busca. Isso gerou quedas de até 40% em alguns sites. O Financial Times reportou queda “súbita e sustentada” de 25–30% no tráfego; o Daily Mail viu reduções de até 89% em cliques. Até gigantes como Business Insider e HuffPost sofreram cortes severos.

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📰 Exemplos e controvérsias

Casos de uso indevido de conteúdo também surgem. Reece Rogers, repórter da Wired, relatou que seu artigo sobre o chatbot Claude apareceu resumido no AI Overview do Google sem atribuição clara. A matéria original foi empurrada para uma nota de rodapé. Para ele, esse modelo reduz o incentivo do público a clicar e mina o valor do trabalho jornalístico.

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⚖️ Críticas e regulações

Editores e jornalistas vêm criticando duramente o Google. Nicholas Thompson, CEO da The Atlantic, disse que o buscador virou um “answer engine”, e que isso ameaça a própria lógica da web. No Canadá, editores falam em “soco no estômago” após perderem tráfego em redes sociais e agora também no Google.

Governos já começaram a agir:

• França multou o Google em €250 milhões por usar conteúdo jornalístico para treinar IA sem autorização.
• Canadá aprovou o Online News Act, forçando pagamentos a veículos.
• UE reforçou regras de copyright e exigirá transparência sobre dados usados para treinar IA.
• EUA discutem investigações antitruste e leis de transparência.

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🌐 O futuro do SEO e da web livre

Especialistas alertam: estamos diante de uma crise existencial para a web aberta. A cada mês, cresce o percentual de buscas que não geram cliques externos — já são quase 69% em maio de 2025. A consequência é direta: menos acessos para sites independentes e mais receita concentrada no Google, que lucra com anúncios exibidos nos próprios resumos de IA.

O SEO também muda de paradigma. Palavras-chave e posição no ranking já não bastam. Agora, editores precisam investir em relacionamento direto com leitores, como newsletters, assinaturas e redes sociais. A sustentabilidade do jornalismo dependerá de novas formas de monetização que não passem apenas pelo Google.

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❓ FAQ – Perguntas Frequentes

O que é SGE?
É o Search Generative Experience, recurso de IA do Google que gera resumos automáticos no topo da busca.

Como o SGE afeta os sites de notícias?
Ele reduz cliques nos links tradicionais, diminuindo o tráfego e, consequentemente, a receita publicitária dos veículos.

Os usuários preferem resumos ou sites?
Pesquisas mostram que a maioria se satisfaz com o resumo, clicando menos em links externos.

O que está sendo feito para mitigar o impacto?
Países como França, Canadá e UE já aplicam leis e multas para forçar o Google a pagar por conteúdos jornalísticos usados por IA.

O SEO vai acabar?
Não, mas está mudando. O foco deixa de ser só ranking no Google e passa a ser criar laços diretos com leitores.