RAP

Influenciadora digital acusa Edi Rock de estupro; rapper negou o ocorrido

Gostou? Compartilhe

A influenciadora digital Juliana Thaisa usou as redes sociais para acusar o rapper e membro do Racionais Mc´s, Edivaldo Pereira Alves, de 51 anos, Edi Rock, de estupro. O caso se tornou um dos assuntos mais comentados nas redes sociais na noite de terça-feira.

Juliana postou uma sequência de textos nos Stories relatando ter sofrido abuso sexual por parte do cantor. “Tô cansada de pedir ajuda pra mídia, cansada de ver todos os processos de violência que eu tenho arquivados. Não teve um, um sequer, que o agressor foi responsabilizado. Eu fui invalidada em todos os processos”, escreveu.

Segundo Juliana, o crime ocorreu há mais de um ano e segundo ela, somente agora teve coragem de falar sobre o ocorrido.

https://www.instagram.com/reel/CfDtFMaDZKk/?utm_source=ig_embed&ig_rid=461f4744-781e-4187-808b-e69ad3dec67a

Edi Rock nega o ocorrido, caso foi julgado e encerrado pela justiça

O rapper também usou as redes sociais para negar as acusações. Segundo Edi Rock, a Justiça já julgou e encerrou o caso. “Salve família! Sobre as acusações contra mim nas redes, já foi comprovado pela justiça que é MENTIRA! Os fatos expostos tornaram a narrativa apresentada ilegítima e caluniosa. Meus advogados cientes, tomaram as medidas cabíveis. Atenciosamente: Edivaldo Pereira Alves”, escreveu no Twitter.

Arquivamento do caso

Segundo o site G1, em posse dos depoimentos e da investigação feita pela polícia, o Ministério Público decidiu arquivar o caso em outubro do ano passado. O despacho, assinado pelo promotor Pedro Fernandes Castelo Maciel, diz que os relatos e indícios colhidos durante o inquérito não permitem ter certeza se o crime ocorreu ou não.

“Não se nega a possibilidade de o investigado ter mal interpretado as reais intenções da vítima com a sua pessoa, bem como o fato de que após a aproximação física ocorrida no apartamento (não negada inicialmente pela vítima), fosse possível evoluir para uma troca de carícias”, afirma o promotor.

“Por outro lado, também é possível que a vítima tenha alterado a sua vontade inicial, não desejando, a partir daquele momento, uma relação mais íntima com o averiguado, o que após a verbalização de sua vontade teria sido compreendido.”

Para Juliana, a decisão do MP tem base machista. “A grosso modo, eles dizem que tudo que entreguei não era prova, que tinha que ter testemunha falando que viu ele me violentando ou alguma filmagem do ato. Tenho que ter câmera dentro da minha casa? Filmar com o celular? Ou eu tirava ele de cima de mim, ou filmava.”

“Aconteceu o que sempre acontece: a mulher é invalidada, a palavra da vítima não vale nada. Ele falou que não aconteceu, e a palavra dele se sobressaiu”, acrescentou.

“Agora ele está fazendo shows, ganhando dinheiro, com a vida andando, e eu estou aqui. Todas as áreas da minha vida foram prejudicadas. Eu trabalho com sexualidade, ouço relatos de violência com muita frequência. Estava tendo crises antes dos atendimentos.”

Depois do episódio, a sexóloga se mudou de São Paulo para o Guarujá, no litoral do estado. Ela procurou o projeto Justiceiras, que oferece orientação jurídica, psicológica, social e médica a mulheres vítimas de violência.

A organização enviou ao Conselho Nacional do Ministério Público um relatório pedindo que o parecer da promotoria sobre o caso seja avaliado. Mas, segundo a advogada Silvia Cursino, uma das profissionais que orientaram Juliana, o documento não tem o poder de reverter o arquivamento.

Isso só é possível caso Juliana recorra da decisão. No relato que fez pelo Instagram, ela disse que vai tentar dar seguimento ao caso. “Eu não vou sossegar enquanto não reabrir esse inquérito. Eu não vou parar porque esse mano, ele não desrespeitou só a mim, ele desrespeitou a minha filha. E aí, parceiro, não tem conversa.”

logo png ccamisa

Rapgol Magazine – Rap e Futebol Lifestyle