Javier Tebas critica novo Mundial de Clubes e defende extinção do torneio

Javier Tebas critica novo Mundial de Clubes e defende extinção do torneio

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🔎 Presidente da LaLiga afirma que solução ideal seria eliminar a competição organizada pela FIFA

A nova versão do Mundial de Clubes da FIFA, com 32 participantes e estreia nos Estados Unidos, segue gerando polêmica entre os dirigentes europeus. Um dos críticos mais ativos é Javier Tebas, presidente da LaLiga, que reafirmou sua oposição ao torneio nesta segunda-feira (17), durante um evento em Barcelona.

“Meu objetivo é garantir que não haja mais Copa do Mundo de Clubes, isso está muito claro para mim. Não vi nenhum jogo. Bom, assisti um pouco do Chelsea ontem e pareceu um amistoso de verão”, afirmou.

A fala de Tebas faz parte de um movimento contínuo de resistência ao novo formato, que ele considera uma ameaça ao equilíbrio do futebol profissional. Segundo ele, o torneio “não tem data, não tem necessidade e desorganiza o ecossistema” do calendário internacional, já sobrecarregado por ligas, copas continentais e seleções.


📅 Críticas em meio à disputa

Mesmo com o discurso crítico, a edição atual conta com dois representantes espanhóis: o Atlético de Madrid, derrotado por 4 a 0 pelo PSG na estreia do Grupo B, e o Real Madrid, que encara o Al-Hilal nesta quarta-feira (19), pela chave H.

Durante o evento que celebrou os 10 anos do Decreto Real — legislação que organizou a venda coletiva de direitos de transmissão no futebol espanhol — Tebas reiterou que a competição, no formato atual, “infla o calendário apenas para transferir dinheiro a certos clubes e jogadores”, sugerindo que os benefícios econômicos estariam concentrados.


⚠️ Debate sobre o modelo do futebol global

A fala do dirigente ocorre no momento em que a FIFA projeta arrecadar até US$ 2 bilhões com a nova versão do torneio, sendo metade destinada em premiações. O torneio se tornou o principal projeto da entidade no ciclo 2023–2026 e é parte central de seu plano de crescimento financeiro e expansão de audiência global.

“Temos que manter o ecossistema e eliminá-lo. Seguir como era antes”, concluiu Tebas, defendendo o modelo com menos clubes e partidas.

🧠 Por que isso interessa?

A fala de Tebas escancara a disputa entre FIFA e federações nacionais pelo controle do calendário do futebol. Enquanto a entidade máxima busca globalizar e rentabilizar ao máximo o esporte, dirigentes locais temem a perda de poder e o impacto físico nos atletas. O futuro do futebol passa por esse embate — e entender as tensões por trás do espetáculo é essencial para quem acompanha além das quatro linhas.