Assim como aconteceu em 2018, os jogadores croatas foram flagrados comemorando a vitória do Brasil com uma música da banda neofascista Thompson, que explicitamente fazem referência ao criminoso regime “Herceg-Bosna” na Bósnia durante a guerra, cuja liderança sênior inteira foi condenada por crimes contra a humanidade.
Para os bósnios, Herceg-Bosna (o termo usado na música) simboliza: campos de concentração, estupros, tortura, trabalho escravo, perseguições e assassinatos.
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Em 2018 em um vídeo publicado pelo defensor Dejan Lovren, vários jogadores da equipe cantavam a música Bojna Cavoglave, uma canção nacionalista e xenófoba, que faz apologia a ajuda da Croacia aos nazifascistas na segunda guerra. A música é da banda Thompson, que tem diversas letras entoadas nos estádios croatas durantes os jogos da seleção.
Durante a segunda guerra, quando as tropas de Hitler atacaram a Iugoslávia em abril de 1941, as forças armadas alemãs (Wehrmacht) tiveram apoio de grupos iugoslavos. O Partido Ustasha, de extrema-direita, nacionalista e fascista, apoiou com suas milícias o avanço das tropas nazistas, pois queriam a independência da Croácia frente a Iugoslávia. Quatro dias depois do início dos ataques, Hitler declarou que havia sido criado o Estado Independente da Croácia. As tropas nazistas eram recebidas com festa na capital Zagreb.
A católica Croácia conseguia realizar o sonho de se separar da ortodoxa Sérvia. Durante os quatros anos como um Estado independente (1941-1945), com um governo fascista e com grande base religiosa, buscou fazer uma purificação racial e executou, com sua milícia, mais de 750 mil pessoas, entre sérvios, judeus, ciganos e antifascistas.