Leila Pereira cobra fair play financeiro no futebol brasileiro

Presidente do Palmeiras questiona equilíbrio nas competições

A reeleição de Ednaldo Rodrigues para a presidência da CBF até 2030 teve apoio unânime dos clubes das Séries A e B e das 27 federações estaduais. No entanto, durante o evento, Leila Pereira, presidente do Palmeiras, aproveitou a ocasião para cobrar um debate sobre fair play financeiro no futebol brasileiro.

Leila destacou a injustiça competitiva gerada pelo fato de alguns clubes disputarem campeonatos mesmo sem manter compromissos financeiros em dia. Segundo ela, muitas equipes continuam contratando jogadores e competindo em igualdade de condições, apesar de atrasarem salários, direitos de imagem e pagamentos a fornecedores.

“Precisa entrar no debate o fair play financeiro. Clubes que atrasam salário, que atrasam imagem. Porque é aquele negócio: eles pagam em dia CLT e não pagam em dia a imagem. Clubes que atrasam compromissos com outros clubes na aquisição de jogadores e continuam competindo em igualdade de condições”, afirmou.

Impacto no equilíbrio dos campeonatos

Para a mandatária do Palmeiras, essa situação distorce o equilíbrio das competições e precisa ser urgentemente regulamentada.

“Isso cria distorção no campeonato. É uma pauta importante. Sei que é extremamente sensível para os clubes que não pagam em dia seus compromissos, mas sem dúvida, vamos bater forte nisso. Nós pagamos em dia nossos compromissos, exigimos que os outros paguem em dia também”, enfatizou.

Além da questão financeira, Leila criticou a morosidade dos julgamentos no futebol brasileiro, argumentando que as decisões muitas vezes chegam tarde demais e acabam perdendo impacto dentro da própria competição.

“É muito demorado (a cobrança). Até acontecer o julgamento, já passou o campeonato. Os clubes que pagam em dia são prejudicados pelos que não pagam ninguém”, completou.

Discussão sobre gramado sintético

Outro tema abordado por Leila Pereira foi a polêmica sobre os gramados sintéticos, especialmente no Allianz Parque. O assunto tem gerado discussões entre jogadores e dirigentes, com atletas como Neymar, Thiago Silva, Bruno Henrique e Dudu manifestando-se contra esse tipo de gramado.

A presidente do Palmeiras, no entanto, minimizou as críticas e afirmou que o foco da discussão deveria ser a qualidade dos gramados no geral, e não apenas os sintéticos. Segundo ela, grande parte das reclamações parte de jogadores mais experientes, que buscam prolongar suas carreiras.

“Não é gramado sintético. Não é isso que cria desequilíbrio nas competições e sim essa falta de fair play financeiro”, concluiu.

Com essa declaração, Leila Pereira reforça seu compromisso com a gestão financeira responsável e pressiona por mudanças estruturais que garantam maior transparência e equilíbrio no futebol brasileiro.

CRIAA

Sou Bruno “CRIAA” Inácio, desde 2002 falando sobre Rap na Internet,  editor-chefe da Rapgol Magazine, onde conecto os universos do rap e do futebol com conteúdo autêntico e relevante. Com foco na curadoria de histórias que refletem a essência da cultura urbana, também assino artigos e entrevistas que destacam a voz dos artistas e a vivência das ruas.