22 de maio de 2025
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Luana Maia lança EP autoral “Rara”

Luana Maia lança EP autoral “Rara”
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Luana Maia acaba de dar um novo passo na carreira com o lançamento do EP Rara, disponível nas plataformas digitais via ONErpm a partir de 16 de maio. Com quatro faixas autorais, o projeto marca uma transição da artista e influenciadora para uma sonoridade mais pessoal, transitando entre o funk paulista, o trap e o underground.

Com mais de 2,6 milhões de seguidores e conhecida pelo estilo mandrake e o funk automotivo, Luana revela que buscava algo mais conectado com sua essência:

“Chegou um momento em que eu não me identificava mais com o que estava cantando. Eu queria transformar tudo em arte.”

Produzido por DJ Yago e DJ Guh Mix, o EP apresenta beats de 130 BPM e letras que refletem vivências reais e visões críticas sobre o meio que a cerca.

Entre bonecas, bolhas e realidades periféricas

A primeira faixa, “Barbie” (feat. ONNiKA), foi lançada como single em abril. Com estética “boneca” e refrão marcante, ela aborda inveja e sororidade com leveza e batida dançante. Em seguida, “Bye Bye” (feat. MC KTRINE) traz um funk de superação com beat bolha que resgata os sons antigos da cena paulistana.

Já “Ingenuidade”, também com MC KTRINE, apresenta uma crítica direta à sedução do dinheiro fácil e à manipulação social:

“É sobre um momento que eu vivi. A gente é facilmente enganado, principalmente se é humilde demais”, comenta Luana.

A faixa final, “Rara”, resume o espírito do projeto: uma celebração da originalidade de quem veio da quebrada e quer se afirmar artisticamente sem concessões.

A força feminina no funk em construção

Luana também reflete sobre o espaço da mulher no funk:

“O rap avançou muito nesse sentido. Já o funk ainda precisa ampliar a presença feminina e explorar outras sonoridades além do funk putaria.”

Ela cita a MC KTRINE como uma das vozes dessa nova fase do gênero.

De influencer à artista com voz própria

Luana Maia, vinda da Vila Natal (Zona Sul de SP), se destacou como criadora de conteúdo e passou a usar a música como meio de expressão e transformação. Desde o sucesso de “Brilha Estrelinha”, seu nome cresceu nas periferias e entre fãs do funk feminino.

Agora, com Rara, ela assume o controle criativo e aposta em um projeto que fala diretamente com quem vive, dança e resiste nas margens.