Criatividade, criação, técnica e qualidade: Luiz Gaspar é o entrevistado de capa da Rapgol Magazine
Luiz Gaspar
” Criação, Técnica & qualidade “
Autor – Roger Morais
Luiz Gaspar é natural do Rio de Janeiro, cria do bairro da Piedade, situado na Zona Norte da cidade. Apesar da pouca idade – 27 – sua bagagem é de gente grande. É diretor de criação e também é responsável pela produção de músicas e videoclipes em parceria com diversos artistas renomados na cena.
Geralmente, as pessoas estão acostumadas a ouvir e prestar atenção nx MC ou nx beatmaker, e pouco voltam as atenções para a galera que está por trás disso tudo. E o que não se pode negar, é que essas pessoas em muitas das vezes são o cérebro e coordenadores de todo o trabalho. E ele consegue se inteirar de uma forma
E Luiz Gaspar quando se junta a um artista, parece que tudo flui naturalmente. Nesse sentido, tivemos a oportunidade de trocar uma ideia com o produtor, onde nos conta um pouco sobre sua origem, seu início na carreira profissional, sua rotina de trabalho, além de passar um pouco sua visão sobe o cenário musical atual.
“Desde que me entendo como ser humano eu já me via pelos backstage”
RAPGOL Magazine – Conta primeiro para nós quem é Luiz Gaspar e de onde você é cria.
Luiz Gaspar – Primeiro, quero agradecer à RAPGOL por esse convite para falar um pouco de mim e da minha carreira, Luiz Gaspar é um cara comum, filho de mãe solteira, do bairro Piedade, da zona norte do Rio de Janeiro. Mas que sempre sonhou em viver de música. Comecei como auxiliar de iluminação com o Buchecha e hoje atuo como diretor criativo, A&R e Manager, jogo nas 11. (risos)
RAPGOL Magazine – O que mais te motivou a atuar com produção artística e musical?
Luiz Gaspar – Desde que me entendo como ser humano eu já me via pelos backstage, mas não sabia como. Quando fiz o meu primeiro trabalho no entretenimento como promoter de uma choppada com 15 anos vi que meu lugar era o ShowBusiness.
RAPGOL Magazine – Quais que você pode dizer que foram seus maiores obstáculos até aqui?
Luiz Gaspar – Quando comecei a querer me profissionalizar, em torno de 2012, não haviam cursos em qualquer lugar, e os preços abusivos no YouTube. Não existiam conteúdos como hoje. De fato foi fase de aprender o mercado naquela época.
RAPGOL Magazine – Quais são as suas maiores referências musicais?
Luiz Gaspar – Jorge Vercillo, JID e Will i Am.
RAPGOL Magazine – Já conhecemos muitos de seus trabalhos realizados em parceria com diversos artistas renomados na cena. Pode nos dizer qual deles foi o mais difícil e o mais gratificante pra você até agora?
Luiz Gaspar – Um projeto que fui convidado a ser diretor/produtor artístico pelo Valtinho Jota, que é um compositor requisitado no pagode e na música brasileira. Foram mais de 10 artistas, e a maioria foi do Hip Hop/Rap. Nomes como: FBC, Krawk, Leal primeiramente, DJ Dri (Mano Brown), Mirele, SóCiro, entre outros.
Foram 3 meses de pré-produção/produção em todo o Brasil contando com a produção da OneRpm. “TodoCanto” abriu portas para mim, sou grato.
RAPGOL Magazine – Como você enxerga o cenário atual, em comparação há 10 anos atrás?
Luiz Gaspar – Pelas contas, eu tinha 17 anos. Eu via e vejo há música muito de forma macro. Mas com o passar do tempo e cada “temporada” trabalhei com um gênero, vejo que o Rap nacional criou uma força e interação como nenhum outro gênero músical/vertente teve até o momento.
“Sempre busquei aprender e fazer por etapas. “
RAPGOL Magazine – Diga pra gente qual é o seu time de coração, e porque?
Luiz Gaspar – Meu time é a música. (risos) Não sou fã, mas gosto de uma pelada e até jogo se deixar, mas já torci pro Vasco e sei que o Nenê ele tá voltando, ficou um bom tempo no Fluzão mas pelo meu avô sou América do RJ.
RAPGOL Magazine – Quais são as suas três camisas de time prediletas?
Luiz Gaspar – América do RJ, Grêmio e a camisa da seleção da Nigéria.
“REALMENTE TENTO VIVER O CORRE”
RAPGOL Magazine – Como você consegue dar conta de tudo? Explica um pouco pra gente como é o seu corre profissional.
Luiz Gaspar – Sempre busquei aprender e fazer por etapas. E hoje em dia não tem mais aquele receio do “E agora o que ???”. Quando eu abro os olhos e fecho pra deitar eu já estou trabalhando, realmente tento viver o corre.
Hoje em dia lido muito com a parte de direção criativa, lançamentos (A&R) e manager. Mas ainda faço papel como produtor artístico e executivo dependendo do trabalho, fora a função de lightdesigner, mas uso muito como complemento para essa nova fase.
RAPGOL Magazine – Poderia elencar três artistas que, ao seu ver, merecem maior destaque na cena?
Luiz Gaspar – Derxan, Fino e o produtor RVL$.
“Conhecimento é a chave para tudo”
RAPGOL Magazine – Qual é o maior desafio, no seu ponto de vista, de trabalhar na cena independente musical?
Luiz Gaspar – Querer ampliar sua mensagem e o portfólio com conceito, sem usar o mais do mesmo, o que já vende fácil.
RAPGOL Magazine – Quais são as suas produções mais recentes? Pode nos adiantar algo a respeito das próximas?
Luiz Gaspar – “Chumbo” – Derxan (Direção/A&R),
“Minha Vez” – ChrisBeat Zn ft. 2T, TZ Da Coronel & Cinquenta (CoProdução),
“Mea Culpa” – Fino, Palito pt. Leonicio (Direção Criativa e A&R),
“Feeling Low” – Falker (CoProdução e A&R) e até o final do ano tem trampo com SantusPê, Derxan, Falker, Fino e SoudCrime.
RAPGOL Magazine – Qual a mensagem você gostaria de deixar para o pessoal?
Luiz Gaspar – Conhecimento é a chave para tudo, rapaziada.
Jornalista, nascido no Centro do Rio em 1990. Já passou por veículos de comunicação impressa e também pelo rádio.
Torcedor do Grêmio, amante do futebol latino-americano e inglês.