Machismo estrutural é uma das principais causas da violência contra a mulher; Qual é o lugar do homem na luta contra à violência de gênero?

Machismo estrutural é uma das principais causas da violência contra a mulher; Qual é o lugar do homem na luta contra à violência de gênero?
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Essa é uma pergunta com algumas respostas, uma delas vai ao encontro com a desestruturação da cultura de violência e do patriarcado em nossa sociedade. As questões de masculinidades, diferente do feminismo, ainda são consideradas tabu na sociedade, mas para que os homens somem na luta contra a violência de gênero precisamos ir além.

Os homens devem reconhecer as atitudes e os comportamentos do sistema patriarcal e machista, marcado pelas subordinação e imposição física como condição de relação. Refletir sobre este sistema e parar de reproduzi-lo no seu dia-a-dia. Esta é uma discussão muito mais profunda, mas não podemos ignorá-la.

Indo além, os homens devem se posicionar quando presenciar casos de agressão física a uma mulher, assédio e outros tipos de violência. É importante que o agressor saiba que sua atitude não é aceitável. Sempre se posicione a favor da vítima. O mesmo serve para piadas machistas em círculo de amigos ou em casos considerados como brincadeiras, principalmente no ambiente de trabalho. 

Desconstrução de atitudes. 

Nos últimos anos, falas, atitudes, comportamentos, momento político e social fizeram parte da construção da cultura de violência. Para ficar melhor exemplificado como isto impacta nossa sociedade, quantas vezes já ouvimos aquele discurso social “em discussão de marido e mulher, ninguém mete a colher” ou que “homem não consegue se controlar”? Na prática, é como se houvesse uma permissão velada para que os homens fossem violentos com as mulheres.

Nesse sentido, um estudo nacional observou uma relação entre a forma de criação dos homens e a proximidade com a violência conjugal: a taxa de homens que assumiram ter batido numa mulher chega a 15% entre os que apanharam com frequência quando crianças3. Esse estudo comprova algo que já é de conhecimento popular: pessoas criadas em ambientes violentos tendem a reproduzir esses comportamentos quando adultos.

 

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