Bola fora: Manchester United opta por não participar de campanha LGBTQ+ antes de jogo contra o Everton

Bola fora: Manchester United opta por não participar de campanha LGBTQ+ antes de jogo contra o Everton
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Antes do confronto contra o Everton pela 13ª rodada da Premier League, o Manchester United optou por não participar de uma campanha de apoio à comunidade LGBTQ+ organizada pela adidas em parceria com o Campeonato Inglês. A iniciativa previa que os jogadores usassem jaquetas temáticas do projeto Rainbow Laces, mas a decisão foi alterada após o defensor Noussair Mazraoui, que é muçulmano, declarar que não usaria o uniforme devido às suas convicções religiosas.

Uma decisão para evitar destaque negativo

Mazraoui, que chegou ao clube em agosto de 2024 vindo do Bayern de Munique por £15 milhões, explicou sua posição religiosa aos companheiros de equipe. Para evitar que o jogador se destacasse negativamente por sua recusa, o clube decidiu não utilizar as jaquetas temáticas. A escolha, no entanto, gerou descontentamento entre alguns atletas, que esperavam participar da campanha como forma de apoiar a diversidade.

Histórico de apoio do Manchester United

Nos últimos anos, o Manchester United tem promovido diversas ações em apoio à comunidade LGBTQ+. Em 2019, o clube fundou o grupo Rainbow Devils, voltado para torcedores LGBTQ+. Durante edições anteriores da campanha Rainbow Laces, jogadores como Jonny Evans e Harry Maguire discutiram temas de inclusão com fãs. Bruno Fernandes, capitão do time, também reforçou a importância do respeito e acolhimento a todos os torcedores.

Repercussão e impacto

A adidas, patrocinadora do Manchester United, demonstrou descontentamento com a decisão do clube de não participar da campanha. O contrato entre as partes, avaliado em £900 milhões por 10 anos, destaca o apoio à diversidade como um dos valores da parceria. Apesar da polêmica, o clube reafirmou seu compromisso com a promoção da inclusão e destacou a necessidade de respeitar as crenças individuais dos atletas.

Outras situações similares

Casos semelhantes também ocorreram em outros clubes. Sam Morsy, capitão do Ipswich Town, também optou por não usar a braçadeira de capitão com as cores do arco-íris, citando razões religiosas. Esses episódios ilustram os desafios em equilibrar iniciativas de inclusão com as convicções pessoais dos jogadores.