Mannie Fresh elogia Kendrick Lamar e J. Cole por rap de mensagens
Ame ou odeie, Mannie Fresh disse que a tendência de ficar rico e ficar voando no hip hop foi trilhada por ninguém menos que Cash Money no início dos anos 2000.
Das botas de jacaré com os ternos Gucci, Mannie disse que ele e sua equipe de Nova Orleans estavam apenas fazendo o que fazem de melhor e não tentando causar uma mudança cultural na música .
“Essa era a nossa categoria. É nisso que somos bons”, disse ele a revista Vibe em um artigo publicado na sexta-feira (7 de outubro). Como metade dos Big Tymers, Mannie fez suas rimas sobre ser rico, arrasar usando joias e andar por ai tirando uma onda. Por mais de uma década, o artista criado em Nova Orleans também atou mixtapes e faixas no topo das paradas com batidas de vários artistas, incluindo Lil Wayne.
“Nós estávamos bem com Nas, estávamos bem com o Easy E, estávamos bem com o Public Enemy. Você sabe o que eu estou dizendo? Estávamos bem com Slick Rick. Era apenas uma categoria. Mas ninguém pensou que o rap ia se transformar em ficar rico, ficar rico, ficar rico, ficar rico”, disse ele.
É certo que o hitmaker não está empolgado que a narrativa bling bling atada tenha se tornado assunto de muitos conteúdos de artistas, tanto que o rap pode parecer homogeneizado e sem autenticidade. “Para mim, quando eu estava crescendo, o rap era um professor. Tinha um monte de categorias , e agora ficamos ricos. Isso é tudo o que temos. Fique rico, fique rico, fique rico”, observou ele.
Mas nem tudo é frustração . O produtor de “#1 Stunna” disse que ainda é capaz de apreciar os esforços musicais de outros rappers. “Eu tenho meus momentos de amor onde eu fico tipo, isso foi legal… eu amo, e é uma loucura porque nós só temos um punhado deles, os Kendricks, os J. Coles, porque eles são os caras que te dão a mensagem e o rádio não os está tocando”, disse ele.
Ele continuou: “Como DJs, às vezes temos que cavar e tocar esses discos para trazê-los à nossa cultura, mas o rádio e os clubes não tocam isso. Está tudo bem-estar em qualquer categoria em que você esteja, se você é um contador de histórias, se você é um rapper brilhante, o que for, e tudo isso.”
Criaa da Zona Oeste do RJ.
Comunicador, fotógrafo, colecionador de camisas de times e camisa 8 no time da pelada.
Trabalhando com notícias e informações desde 2002.
